Cartola do basquete é condenado

30/11/2009

Cartola do basquete é condenado

TCU manda que Fernando Mello, presidente da Federação de Basquete do DF, devolva mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos por irregularidades no uso de verbas repassadas pelo Ministério do Esporte

Por Thalita Kalix – Fonte: Correio Brasiliense

Publicação: 27/11/2009 09:28

O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou, na última terça-feira, o presidente da Federação de Basquete do Distrito Federal (FBDF), Fernando Souza de Mello, a devolver aos cofres públicos mais de R$ 1.039.341,84 a números de agosto. Além de uma multa de R$ 100 mil. Mello é acusado de receber, gastar e não dar nenhum tipo de explicação quanto às verbas repassadas pelo Ministério do Esporte entre 22 de março de 2006 a 17 de junho de 2007. Na época, ele administrava 15 núcleos do programa Segundo Tempo espalhados pelo DF.

Versa a decisão que os recursos do convênio foram pagos à Federação em duas parcelas: a primeira em 28 de março de 2006, de R$131,4 mil; a segunda, em 9 de agosto do mesmo ano, no valor de R$ 525,6 mil. O Ministério teria pedido a prestação de contas, em vão. E por isso teria reprovado as contas do convênio e pedido a Tomada de Contas Especial — ou seja, seguiu o protocolo da administração pública. No relatório da auditoria, o TCU alega que Fernando Mello foi citado, mas não respondeu. Acabou condenado sem se defender.

O presidente da FBDF ficou surpreso ao ser informado da condenação pela reportagem do Correio. “Não estou sabendo de nada. Estou sabendo através de você.” Fernando Mello explica que realmente alguns itens da prestação de contas ficaram pendentes, mas que tudo já foi esclarecido. “Houve prestação de contas sim, e houve algumas pendências que foram resolvidas, alguns documentos que eles pediam a mais.” O TCU, porém, nada viu.

Mais que isso, o dirigente garante que recebeu sim, a citação do tribunal, e que respondeu, ao contrário do que diz o relatório. “Recebi e cumpri. Houve algumas pendências, realmente, em virtude de alguns vários núcleos — sempre tinha uma coisinha ou outra que eles pediam para arrumar e a gente arrumou. Agora vou até verificar isso aí.” Segundo Mello, faltaram detalhes contábeis: recibos, falta de assinaturas em documentos. “Quase todas as vezes acontece isso aí”, desconversa.

O Ministério do Esporte contesta a versão de Mello. Diz que, após o fim do convênio, tentou obter a prestação de contas da Federação de Basquetebol do Distrito Federal, sem sucesso. Assim, foi obrigado a reprovar as contas do convênio. Conforme manda o manual, calculou o valor do débito, atualizou e o imputou ao responsável. Depois disso, autorizou o envio do processo à CGU para providências quanto à tomada de contas especiais.

Condenado, o dirigente tem 15 dias para pagar ou apresentar recurso para suspender a obrigação de pagamento.

Política social
O Segundo Tempo é o principal programa social do Ministério dos Esportes. Tem orçamento de R$ 305 milhões previsto para 2009, dos quais apenas 13% foram gastos até este mês. Ele consiste no oferecimento de atividades esportivas aos alunos da rede pública de ensino. No contraturno escolar, o governo federal paga alimentação, uniforme e instrutores para manter as crianças no ambiente escolar. Para tanto, firma convênio com ONGs e outras instituições para assumirem os “núcleos” escolares.

 

Segundo Tempo durou apenas um ano
O convênio firmado entre o Ministério do Esporte e a Federação de Basquete do Distrito Federal só durou um ano. “A gente resolveu não renovar, porque estava dando muito trabalho isso. A gente não estava tendo disponibilidade de renovar, de fazer esses trabalhos, então a gente não deu continuidade, só isso. Era muito problema para a gente estar resolvendo, e faltava disponibilidade de tempo para isso”, justificou Fernando Mello.
O coordenador do projeto à época, Marco Bajo, o Espanha, tem uma explicação semelhante. “Na hora de renovar, ficou quase um ano para renovar, porque esses negócios de prestar conta demora uma eternidade, e quando veio para recomeçar de novo, ia ter que fazer tudo de novo”, conta, e diz que isso o desanimou.

Do Plano até Brazilândia
Espanha explica que o programa do Segundo Tempo desenvolvido pela Federação de Basquete do Distrito Federal teve 15 núcleos de ação. Alguns projetos já existiam, outros, como o de Planaltina, Brazlândia e Núcleo Bandeirante funcionavam e continuaram após o fim do Segundo Tempo. “A gente dava ênfase ao basquete, mas tinha outras coisas também”, explica Espanha.
O coordenador ainda justificou que não era responsável pela prestação de contas. “Eu prestava contas não de valores, da execução. Minha parte era tirar foto, justificar. A prestação de contas ficava com o Fernando.” Mesmo assim, ele diz que tem a lista dos projetos, com os responsáveis, e os valores que eram depositados para cada um. “Tenho todos os comprovantes de depósitos direitinho.” Espanha garante que fazia ao ministério um relatório de acompanhamento trimestral.
Os núcleos
Os 15 núcleos funcionavam na 711 Norte; quatro em Brazlândia; dois em Planaltina; Gama; Guará; Núcleo Bandeirante; P Norte; QNL — Taguatinga; Santa Maria; Sobradinho; e no Vizinhança da 604 Norte.
Quem são eles
Fernando Souza de Mello, além de presidente da Federação de Basquete do Distrito Federal, é o presidente/dono do Peixe, time caçula do futsal candango. A equipe, mesmo com apenas dois anos, vem medindo forças com os principais times da cidade. A ideia, segundo o dirigente, é fortalecer a modalidade no DF, com um time que se destaque no cenário nacional. O peixe está na semifinal do Campeonato Brasiliense. Se for à final, terá vaga no Campeonato do Centro-Oeste (classificatório para a Superliga).

Já Marco Bajo, o Espanha, é o supervisor do Universo. Além disso, ele é parceiro dos ex-jogadores Ratto e Pipoka no Instituto Basquete em Ação Ratto Pipoka. Nada que pese para os ex-atletas. “Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. A gente não pode misturar as duas coisas”, alertou Pipoka. “Mas eu acredito que no devido tempo o Espanha e o Fernando vão prestar todos os esclarecimentos exigidos. Mas o Espanha está com a gente, tem toda a expertise na feitura dos projetos e continua com a gente sem problema nenhum.”


Notícias de 20 de maio

20/05/2009

Grupo ABC perto de novo Brasil 1 e VOR

Fonte: Máquina do Esporte

GUSTAVO FRANCESCHINI
Da Máquina do Esporte, em São Paulo

O Grupo ABC, de Nizan Guanaes, pode fechar, nos próximos dias, um acordo considerável no mercado esportivo brasileiro. Por meio da Maior, seu braço de conteúdo, a holding deve adquirir parte da agência Brasil 1, e já tem planos de um novo barco brasileiro na Volvo Ocean Race (VOR), que teria até uma etapa local em 2011.

“Isso está realmente acontecendo, mas ainda faltam alguns detalhes. Existem muitas especulações, e o que podemos dizer de mais concreto é que eles estão comprando uma participação grande na Brasil 1”, disse Ênio Ribeiro, sócio da Brasil 1, agência responsável pela primeira participação nacional na Volvo Ocean Race.

Por trás dessa movimentação pode estar a IMG, gigante do mercado de entretenimento que está voltando no Brasil e teria interesse de investir no projeto. Até o momento, o nome mais próximo é o de Lars Grael, que pode participar como velejador ou na gerência.

Torben Grael, na briga pelo título da atual VOR com o Ericsson 4, e Robert Scheidt, que hoje disputa a América’s Cup, são alguns dos sonhos da possível parceria. “São nomes quase óbvios, mas ainda há um longo caminho há ser percorrido”, disse Ênio.

Fora do iatismo, a Maior sonha com um grande evento do tênis no Brasil. A ideia da empresa é trazer um Masters 1000 (torneio de segundo escalão, abaixo apenas dos Grand Slams). Em entrevista ao site “Prop + Mark”, Paulo Zottolo, presidente da empresa, revelou que pode gastar US$ 8 milhões (R$ 16, 6 mi) só com esse torneio, além de outros 25 milhões de euros (R$ 70,7 mi) com a VOR.

“As prefeituras das principais cidades do país estão interessadas em apoiar a realização. Nesse caso, teremos que optar por quadras de piso rápido, mais fáceis de serem montadas que as de saibro”, disse o executivo.

Fora do esporte, a Maior ainda deve pleitear eventos culturais e grandes congressos, que já teriam até um mapeamento no país. Para a empresa, o esporte ficará concentrado no Rio de Janeiro, contando com a ajuda da Reunion. Já a cultura e as artes ficarão em Salvador, com o apoio da Mozarteum, especializada em música de concerto. Por último, São Paulo deve ser escolhida para congressos e grandes eventos corporativos.

Diálogo do retrocesso

Fonte:  Blog do Cruz

Em pleno Século 21, o Brasil político-esportivo-educacional ainda convive com o conflito de idéias sobre um tema histórico que se renova a cada governo: a prática da educação física na idade escolar. Pior: as autoridades maiores que deveriam expor os seus pensamentos e propostas para esse interminável debate, omitem-se, ausentam-se da plateia.

O mais recente seminário para discutir sobre esse assunto foi há uma semana, na Câmara dos Deputados, iniciativa da Comissão de Turismo e Esporte, reunindo cerca de 500 pessoas de todo o país. Porém, os principais debatedores, os ministros da Educação, Fernando Haddad, e do Esporte, Orlando Silva, não compareceram, a exemplo do que ocorrera no Senado Federal.

Sem novidades, os representantes ministeriais repetiram discursos de ocasião, mas com rumos opostos, que demonstram o total desencontro do governo federal nessa matéria. De um lado, o Ministério da Educação sem saber explorar a prática da educação física como instrumento da formação intelectual e de caráter dos jovens sugere “debater”; de outro, o Ministério do Esporte, aplicando o projeto Segundo Tempo, mas sem qualquer perfil pedagógico e de forte apelo eleitoral-partidário.

Assim, sem novidades, o documento final do seminário é repetitivo sob o ponto de vista do que já se discutiu há anos…

Foi da própria Câmara dos Deputados, por exemplo, a iniciativa da 1ª Conferência Nacional de Educação, Cultura e Desporto, realizada em 2001. Há oito anos, portanto, ouvia-se os mesmos argumentos de hoje. É o diálogo do retrocesso.

Enquanto isso, o Comitê Olímpico Brasileiro — totalmente alheio a essa realidade pedagógico-educacional — é o organizador e gestor do dinheiro público destinado aos Jogos Escolares, o que demonstra como o governo federal está perdido nesse assunto. Porque, na prática, o tema não evolui devido à divergência de pensamentos filosóficos e ideológicos no mesmo núcleo governamental.

Há os que rejeitam a prática de educação física, pois isso sugere formação de atletas, o que não deve, de fato, ocorrer na escola; outros, defendem essa atividade apenas como forma lúdica.

Mas faltam, principalmente, o espaço físico para as aulas, a carga horária específica, a preparação e remuneração adequada dos professores e a definição de como essas atividades poderão, de fato, agir na formação integral dos jovens.

O assunto, enfim, precisa ser tratado longe das paixões partidárias ou ideológicas, mas sob o aspecto educacional-científico que requer.

Testes de aptidão em jovens do Segunto

Tempo vão municiar politicas públicas

no CE

Fonte: Ministério do Esporte
No convênio recém iniciado junto ao governo do Ceará, no qual o Segundo Tempo passa a funcionar em todos os 184 municípios do estado, os 46.600 estudantes beneficiados serão submetidos a testes de aptidão física. Os exames serão aplicados por cerca de 150 professores de Educação Física que foram capacitados na última sexta-feira (15), por meio do Projeto Esporte Brasil (Proesp – BR). “A proposta é subsidiar a implementação de políticas públicas eficazes na área do Esporte e também nas da Saúde e Educação”, explica Júlio Filgueira, secretário Nacional de Esporte Educacional do Ministério do Esporte.

A capacitação foi coordenada pela professora Débora Machado. O Proesp é desenvolvido pela Rede de Centros de Excelência Esportiva (Rede Cenesp), da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento e coordenado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “De acordo com a solicitação do coordenador geral do Segundo Tempo/Ceará, a expectativa é que os trabalhos de avaliação comecem a partir da terceira semana de funcionamento do programa, ou seja, nos próximos 20 dias”, prevê a educadora.

A ação permitirá o levantamento de um conjunto de saberes. “Tais informações representam um diagnóstico das crianças e adolescentes, sobre aspectos de crescimento somático, estatuto nutricional, hábitos de vida, e aptidão física relacionada à saúde e ao rendimento esportivo”, informa Júlio Filgueira. E acrescenta: “somente teremos tais resultados se conseguirmos delinear o perfil de crescimento, de desenvolvimento somático, e dos fatores de prestação motora em crianças e jovens brasileiros estratificados por idade, gênero e região do país”, esclarece Filgueira.

Para garantir a realização de tal estimativa, 400 kits de avaliação foram doados pelo Ministério do Esporte ao governo do Ceará. Cada equipamento consta de: uma balança, uma bola de medicine Ball, uma cartilha e um CD com as instruções, quatro cones, um cronômetro, fitas métricas, rolos de fita crepe e uma trena. Graças a esse material será possível que os educadores físicos afiram os resultados dos testes de impulso, força, resistência, velocidade, etc.

Distribuição de material esportivo
A capacitação aconteceu na mesma data – dia 15 último – do lançamento da parceria entre o governo estadual do Ceará e Programa Segundo Tempo. A solenidade na Vila Olímpica de Messejana, em Fortaleza, reuniu cerca de 1.200 estudantes, entre coordenadores de núcleo e monitores.

A entrega simbólica dos kits de avaliação foi efetuada pelo ministro do Esporte, Orlando Silva e pelo secretário Júlio Filgueira. O ato somou-se à distribuição do material esportivo produzido por detentos do sistema carcerário do país e por trabalhadores carentes em áreas de risco social, nos Programas Pintando a Liberdade e Pintando a Cidadania.

Foram entregues camisas do Programa Segundo Tempo, jogos de xadrez e jogos de damas, aos representantes de três escolas que passam a desenvolver em suas estruturas as atividades do Segundo Tempo, no período oposto ao ensino regular dos alunos da rede pública. As escolas contempladas inicialmente são: Luís Raul Cavalcanti (núcleo Lavras da Mangabeira, na Região do Cariri), Iana Pereira Mapurunga (núcleo Viçosa do Ceará, na região Sobral/Ibiapaba) e Igor Pereira Pinho (núcleo Maracanaú, na região metropolitana) também receberam um kit de avaliação.

O secretário Julio Filgueira por sua vez, conclamou que todos os profissionais presentes possam repassar às crianças os valores do esporte. “Disciplina, persistência e perseverança para vocês crianças, que são o futuro e o presente do país”, disse. Em concordância com o secretário o vice-governador explicou a principal meta desta ação: “o governador Sid Gomes insistiu para que o Ceará fosse todo contemplado com o Segundo Tempo. Nossa expectativa é que o estado seja o melhor em operacionalização em todo o país”, enfatizou.

Carla Belizária
Foto: Bem-te-ví – Secretaria de Esporte – CE
Ascom – Ministério do Esporte


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