Fim da equipe Rede gerou desemprego

26/05/2010

Fonte: Jornal da Tarde

ALESSANDRO LUCCHETTI, alessandro.lucchetti@grupoestado.com.br

Mais de nove meses depois da eclosão do episódio de doping coletivo na equipe Rede de Atletismo, de Bragança Paulista, o caso ainda produz consequências no esporte. Atletas de ponta permanecem sem clube, enquanto outros aceitaram propostas de agremiações menores.

No primeiro caso figura Vicente Lenílson de Lima, vice-campeão na prova de 4x100m dos Jogos Olímpicos de Sydney em 2000. Na última sexta-feira, o velocista potiguar estava disputando o esvaziado Troféu Estado de São Paulo, no decrépito Estádio Ícaro de Castro Mello, no Ibirapuera, enquanto a nata do atletismo brasileiro se preparava para o GP Brasil, que contou com um punhado de atletas estrangeiros de alto nível técnico.

Lenílson, que era treinado por Jayme Netto Júnior, técnico banido por causa do envolvimento com doping, correu inscrito pela Federação Paulista. “Alguns clubes, por justos motivos, preferem atletas mais novos. Outros ofereceram propostas muito baixas para um atleta do meu nível, que não pude aceitar”, afirma o corredor, de 32 anos.

Acostumado a um salário de R$ 11 mil mensais, Lenílson recebeu proposta de R$ 800 de um clube cujo nome não revela. “Quem sabe não melhoram esse número, né?”, brinca o velocista. “Estou defendendo a equipe do trio parada dura”, emenda, citando seus três patrocinadores.

Para complementar a renda, Lenílson faz palestras motivacionais em empresas e instituições ao lado de Claudinei Quirino. Os dois criaram a empresa “Olímpicos pela Vida” para isso. “Ensinamos a ser um campeão dentro e fora das pistas. Percorremos 20 unidades do Sesc para repassar o que aprendemos no atletismo para umas duas mil pessoas”.

No ano que vem Lenílson pretende entrar para a equipe brasileira do 4x100m, agora comandada por Katzuhico Nakaya.

Em situação semelhante está Keila Costa. O segundo maior nome do salto em distância do país não teve a mesma sorte da campeã olímpica Maurren Maggi, que foi contratada pelo São Paulo com apoio da Nestlé.

Nem mesmo os bons resultados, como a conquista da medalha de bronze no Mundial Indoor de Doha, no Qatar, mudaram a situação da saltadora.

Outros 12 atletas da Rede tiveram melhor sorte e foram contratados pelo Pinheiros.

Alguns ex-integrantes da Rede toparam se transferir para clubes que estão investindo para crescer, como a Associação Sãobernardense de Atletismo. Mudaram-se para o ABC a dardista Caroline de Oliveira, o velocista Francisco Irlândio da Silva e Thiago Mendes Castelo Branco, um dos melhores do Brasil nos 110 metros com barreiras.

Há um caso também de atleta que assinou com a maior equipe do país, a BM&F: o meio-fundista Eder Uillan da Silva.

Hoje, tudo que resta do projeto da Rede, que chegou a ter a segunda melhor equipe de atletismo do Brasil, é o projeto de novos talentos que reúne 42 atletas selecionados em todo o território nacional.


Maurren Maggi e Keila Costa recorrem ao improviso

27/04/2010

Fonte: Lance

Atletas treinam em pista sobressalente no interditado Ibirapuera

O atletismo já deu 14 medalhas olímpicas ao Brasil, mas o dado jamais refletiu ganho em estrutura a atletas do país. Pelo contrário. No Estádio Ícaro de Castro Melo, no Ibirapuera, está o maior exemplo.

Sem lugar para treinar, a campeã olímpica Maurren Maggi e a medalhista de bronze no Mundial de Doha (QAT) Keila Costa, especialistas no salto em distância, fazem suas atividades diárias sobre pista sobressalente que cobre a original. Motivo: desgastada após sete anos de intenso uso, o piso do estádio é um perigo para os atletas. Sobretudo para Maurren, que voltou a treinar há pouco tempo após cirurgia no joelho direito.

A situação não tem um vilão. A pista do Ibirapuera está interditada para reforma que ainda não começou. Segundo o administrador do complexo, Eduardo Anastasi, um imbróglio na licitação trava a obra, que vai durar um ano e quatro meses, com custo de R$ 33 milhões, e abrangerá todo o complexo.

O problema é que Maurren, Keila, o técnico Nélio Moura e outros atletas não têm para onde correr. O grupo aguarda inauguração, prevista para o próximo mês, da nova pista do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP), também no Ibirapuera, para mudar seu centro.

Enquanto isso não ocorre, a solução foi pedir a Anastasi a permissão para trabalhar no Ícaro de Castro Melo. Dado o mau estado de conservação do piso, porém, a saída foi recorrer à Confederação Brasileira de Atletismo, que acabou por ceder o tapete azul que atualmente cobre a pista de saltos.

– A validade dela (pista original) já expirou. Está bem gasta, e por isso o presidente da CBAt (Roberto Gesta de Melo) soube e nos deu esta nova. Talvez até deixemos esta pista azul aqui, para depois da reforma – disse o técnico Nélio Moura.

Keila Costa, que em março obteve o melhor resultado da carreira, teve lesões graves na perna direita e se preocupa com a situação.

– Tivemos de pôr a pista por cima, porque o impacto era muito forte. Por sorte, o novo piso tem ajudado no treino. O resto, eu faço na garra. O que incomoda é a demora – revelou.

CBAt também ‘auxilia’ Murer

O socorro dado a Maurren Maggi também foi estendido a outra campeã: Fabiana Murer. A varista, campeã mundial indoor em Doha, foi outra atleta que recebeu da Confederação Brasileira (CBAt) pista sobressalente para treinar. Murer treina no Centro Esportivo Vila São José, em São Caetano (SP).

O presidente da entidade, Roberto Gesta de Melo, não soube precisar o valor de cada rolo cedido pela CBAt – que é da marca Mondo.

– Além de ajudar os atletas, a CBAt também fez uma proposta para o Rio de Janeiro. Queremos dar material de atletismo para cinco colégios públicos da cidade. Está em estudo – afirmou Gesta.


Notícias 26/05/2009

26/05/2009

Fipe avalia “lucro” de 58% com Pan-07

REDAÇÃO
Da Máquina do Esporte, em São Paulo

Fonte: Máquina do Esporte

A Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe) divulgou, nesta quinta-feira, que os Jogos Pan-Americanos de 2007 geraram, ao todo, uma movimentação de R$ 10 bilhões. O resultado significa um “lucro” de 58%, já que as esferas públicas gastaram cerca de R$ 4,3 milhões, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), na organização do evento.

Segundo a Fipe, quase 180 mil pessoas teriam sido contratadas direta ou indiretamente no período. A avaliação é feita sobre os números de 42 setores da economia, e mostra que o setor que mais ganhou com o Pan foi o da construção civil, que movimentou cerca de 13,8% do valor em questão.

A administração pública (13,4%), o comércio (6,6%) e o aluguel de imóveis (5,8%) vem logo na sequência do ranking. A aferição ainda mostrou que os benefícios do Pan saíram do Rio de Janeiro.
Cerca de 55,9% da produção e 60,4% dos empregos gerados pela disputa contemplaram pessoas de outros estados. O panorama desanuviado, porém, seria ainda melhor se os investimentos tivessem sido bem controlados.

Ao contrário do que se supõe a partir de um comunicado oficial do Ministério do Esporte, o investimento nos Jogos é acima da média para uma competição desse porte. Estima-se que a Argentina tenha gastado, com o Pan de Mar del Plata, de 1997, pouco mais que R$ 1 bilhão.

No Brasil, o descuido com os cofres públicos foi tão grande que o TCU ainda não concluiu a avaliação do rombo. Provavelmente, a soma deve passar da marca de R$ 5 bilhões, reduzindo o “lucro” para menos de 50%.

“Tô Nem Aí”.

Fonte: Blog do Murray

Sabem o que fez o Comitê Olímpico Brasileiro após a declaração bombática de Diego Hypólito de que há meses não recebe salários, que não se sente prestigiado e que assim será obrigado a largar o esporte? Não fez nada. Veio com aquela conversa boba, de que o COB não forma Atletas, isso é problema da Confederação e do Clube dele. Nosso objetivo é concentar esforços na campanha do Rio 2.016 Diz isso com a maior cara lavada, como se não recebesse, o próprio COB, milhões e milhões de Reais dos cofres públicos que são investidos em “admnistração interna” e gastos de campanha. Na medida em que o COB tem dinheiro, passa, sim a ter responsabilidade direta por dar atenção não somente ao ginasta, mas a todos aqueles outros Atletas Olímpicos que também vivem na penúria. Está mais do que na hora dessa gente dar lugar a gente mais jovem, com idéias e conceitos modernos, com objetivos sociais.

GP Brasil Caixa de Atletismo reúne mais de 35 mil pessoas no Estádio Olímpico do Pará

Fonte: COB

Mais de 35 mil pessoas foram ao Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, para acompanhar a disputa do 25º Grande Prêmio Brasil Caixa de Atletismo, realizado na manhã deste domingo (24). A competição, que integra o calendário da IAAF World Tour, contou com a participação de 160 atletas de 32 países.

Dos 38 brasileiros presentes, nove ganharam medalhas. Desses, Fabiano Peçanha e Kléberson Davide ficaram em primeiro e segundo lugar, respectivamente, nos 800m. Fabiana Murer, no salto com vara, conquistou o ouro. Keila Costa e a campeã olímpica Maurren Maggi ganharam a prata e o bronze no salto em distância. Na categoria masculina da mesma prova, Jessé Farias de Lima conseguiu a medalha de prata.

Dois recordes sul-americanos foram estabelecidos no evento. Nos 400m com barreiras feminino, Lucimar Teodoro ficou na terceira colocação com o tempo de 55.84. No lançamento do dardo feminino juvenil, a brasileira Jucilene Sales de Lima quebrou duas vezes seu recorde anterior: primeiro marcou 55,77m, depois 56,75m.

Sete brasileiros obtiveram índice de qualificação para o Mundial de Berlim, que acontecerá em agosto. Fabiana Murer, 1ª salto com vara, 4,40m; Fabiano Peçanha, 1º nos 800m, 1:44.63; Kléberson Davide, 2º nos 800m, com 1:44.65; Keila Costa, 2ª no salto em distância, 6,72m; Jessé Farias de Lima, 2º no salto em altura, 2,31m; Lucimar Teodoro, 3ª nos 400m com barreiras, 55.84; Bruno Lins, 8º tempo nos 200m, 20.48.

Fipe avalia “lucro” de 58% com Pan-07

REDAÇÃO
Da Máquina do Esporte, em São Paulo

Fonte: Máquina do Esporte

A Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe) divulgou, nesta quinta-feira, que os Jogos Pan-Americanos de 2007 geraram, ao todo, uma movimentação de R$ 10 bilhões. O resultado significa um “lucro” de 58%, já que as esferas públicas gastaram cerca de R$ 4,3 milhões, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), na organização do evento.

Segundo a Fipe, quase 180 mil pessoas teriam sido contratadas direta ou indiretamente no período. A avaliação é feita sobre os números de 42 setores da economia, e mostra que o setor que mais ganhou com o Pan foi o da construção civil, que movimentou cerca de 13,8% do valor em questão.

A administração pública (13,4%), o comércio (6,6%) e o aluguel de imóveis (5,8%) vem logo na sequência do ranking. A aferição ainda mostrou que os benefícios do Pan saíram do Rio de Janeiro.
Cerca de 55,9% da produção e 60,4% dos empregos gerados pela disputa contemplaram pessoas de outros estados. O panorama desanuviado, porém, seria ainda melhor se os investimentos tivessem sido bem controlados.

Ao contrário do que se supõe a partir de um comunicado oficial do Ministério do Esporte, o investimento nos Jogos é acima da média para uma competição desse porte. Estima-se que a Argentina tenha gastado, com o Pan de Mar del Plata, de 1997, pouco mais que R$ 1 bilhão.

No Brasil, o descuido com os cofres públicos foi tão grande que o TCU ainda não concluiu a avaliação do rombo. Provavelmente, a soma deve passar da marca de R$ 5 bilhões, reduzindo o “lucro” para menos de 50%.

“Tô Nem Aí”.

Fonte: Blog do Murray

Sabem o que fez o Comitê Olímpico Brasileiro após a declaração bombática de Diego Hypólito de que há meses não recebe salários, que não se sente prestigiado e que assim será obrigado a largar o esporte? Não fez nada. Veio com aquela conversa boba, de que o o COB não forma Atletas, isso é problema da Confederação e do Clube dele. Nosso objetivo é concentar esforços na campanha do Rio 2.016 Diz isso com a maior cara lavada, como se não recebesse, o próprio COB, milhões e milhões de Reais dos cofres públicos que são investidos em “admnistração interna” e gastos de campanha. Na medida em que o COB tem dinheiro, passa, sim a ter responsabilidade direta por dar atenção não somente ao ginasta, mas a todos aqueles outros Atletas Olímpicos que também vivem na penúria. Está mais do que na hora dessa gente dar lugar a gente mais jovem, com idéias e conceitos modernos, com objetivos sociais.

GP Brasil Caixa de Atletismo reúne mais de 35 mil pessoas no Estádio Olímpico do Pará
Fonte: COB

Mais de 35 mil pessoas foram ao Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, para acompanhar a disputa do 25º Grande Prêmio Brasil Caixa de Atletismo, realizado na manhã deste domingo (24). A competição, que integra o calendário da IAAF World Tour, contou com a participação de 160 atletas de 32 países.

Dos 38 brasileiros presentes, nove ganharam medalhas. Desses, Fabiano Peçanha e Kléberson Davide ficaram em primeiro e segundo lugar, respectivamente, nos 800m. Fabiana Murer, no salto com vara, conquistou o ouro. Keila Costa e a campeã olímpica Maurren Maggi ganharam a prata e o bronze no salto em distância. Na categoria masculina da mesma prova, Jessé Farias de Lima conseguiu a medalha de prata.

Dois recordes sul-americanos foram estabelecidos no evento. Nos 400m com barreiras feminino, Lucimar Teodoro ficou na terceira colocação com o tempo de 55.84. No lançamento do dardo feminino juvenil, a brasileira Jucilene Sales de Lima quebrou duas vezes seu recorde anterior: primeiro marcou 55,77m, depois 56,75m.

Sete brasileiros obtiveram índice de qualificação para o Mundial de Berlim, que acontecerá em agosto. Fabiana Murer, 1ª salto com vara, 4,40m; Fabiano Peçanha, 1º nos 800m, 1:44.63; Kléberson Davide, 2º nos 800m, com 1:44.65; Keila Costa, 2ª no salto em distância, 6,72m; Jessé Farias de Lima, 2º no salto em altura, 2,31m; Lucimar Teodoro, 3ª nos 400m com barreiras, 55.84; Bruno Lins, 8º tempo nos 200m, 20.48.