Newsletter 01/02

01/02/2010

De quem são as Olimpíadas?

Fonte: Blog do Erich Beting

A pergunta é recorrente. E voltou à tona nesta semana, após polêmica que chegou à mídia, mas que já circulava no meio acadêmico um pouco antes. Afinal, os Jogos Olímpicos têm um dono? E esse dono, o que pode fazer para preservar seus direitos?

A professora Kátia Rubio, da Universidade de São Paulo (USP), recebeu uma notificação em que é proibida de permitir a circulação do seu livro “Esporte, Educação e Valores Olímpicos”. O autor da carta pedindo o bloqueio da venda dos exemplares foi o Comitê Olímpico Brasileiro (COB). A justificativa dada pelo COB é de que a autora usa indevidamente os termos “olímpico” e “olimpíadas” durante o livro, além de usar os anéis olímpicos sem a autorização do Comitê Olímpico Internacional (COI).

A gritaria começou. O principal motivo é a alegação de que é um absurdo não se permitir o uso até mesmo da palavra “Olimpíadas” e suas variações para uma obra literária. Ainda mais se, a cada momento, vemos os meios de comunicação usarem o termo e não serem repreendidos para tal.

A situação revela um caso peculiar da gestão do esporte no mundo. O forte apelo popular que ele traz faz com que haja aquela sensação de certa “liberdade” em relação aos direitos de veiculação e uso de propriedades que, na verdade, têm um dono.

Desde a década de 80, os Jogos Olímpicos passaram por um processo de fortalecimento para ser o evento esportivo mais valioso do mundo. Hoje, as Olimpíadas são um fenômeno de reunião de pessoas e de empresas patrocinadoras. E isso, sem dúvida, graças ao trabalho feito pelo COI para valorizar a marca dos seus Jogos.

Só que, para atingir isso, o COI adotou uma estratégia absolutamente radical em relação à preservação de seus direitos. A partir da Carta Olímpica, o comitê decidiu que não seria permitida qualquer associação aos Jogos por parte de pessoas e/ou empresas que não fossem parceiras comerciais da entidade. E, desde então, existe essa caçada a qualquer tipo de publicação que use o termo para vender alguma coisa, até mesmo um livro.

Do ponto de vista da construção de marca do COI, a estratégia é correta. Por mais que haja toda a história dos Jogos, formada em sua origem pelos atletas e também pelos torcedores, atualmente é o comitê quem tem de arcar com toda a organização do evento.

Ou seja. As Olimpíadas têm um dono, que é o COI.

Por isso mesmo, toda e qualquer ação que tenha como objetivo se apropriar de algo relacionado aos Jogos Olímpicos têm de passar pelo crivo do comitê, que usa suas entidades filiadas (são mais de 200 comitês locais) para garantir a preservação desses direitos. É, mais ou menos, como a Coca-Cola, que tenta de todas as formas combater o uso indevido de sua marca e de seu nome. A diferença é que a Coca não conseguiu, até hoje, impedir que outras empresas usem o termo “refrigerante de cola”, algo que o COI obteve com os derivativos de Jogos Olímpicos (Olimpíadas, olímpico, etc.).

Deixar passar algo assim não é algo que o COI costuma fazer. E, atualmente, a coisa fica ainda mais séria aqui no Brasil por dois motivos.

O primeiro, claro, é a realização dos Jogos em 2016. Para dar mais segurança ao comitê internacional de que o país está preparado, o COB com essa atitude mostra que está atento a qualquer coisa que se faça “contra” a preservação da pureza das Olimpíadas.

O outro motivo, também evidente, é financeiro. Desde os Jogos Pan-Americanos de 2007 que o COB criou uma editora para lançamento de livros cujo tema é os esportes olímpicos. Ou seja: um livro que debata Olimpíadas sem o seu selo é dinheiro perdido…

Caberá à Justiça dizer o que pode ou não pode. Mundialmente, a causa é sempre dada em favor do COI, com raras exceções. Como o Brasil já aprovou, no ano passado, diversas leis para proteger os Jogos Olímpicos e o COI até 2016, o caso poderá significar uma quebra de barreiras na literatura sobre Olimpíadas no país.


Newsletter 10/06/2009

10/06/2009

Websites Especializados Colocam Chicago Na Frente Devido Ao Fator Barack Obama Olímpico. Como Já Escrevi Aqui, Embora Não Ponha Fé Nesses Websites Especializados, Acredito Que O Único Chefe De Estado Que Pode Ter Alguma Influência Nos Membros Do Comitê Internacional Olímpico É Justamente o Presidente dos EUA.

GamesBids.com

Obama’s Cairo Speech Invigorates Chicago 2016

Fonte: Blog do Murray

In his one-hour speech Thursday in Cairo, U.S. President Barack Obama touched on the Olympic Games when he spoke about how American Muslims have enriched the United States. He was referring to the lighting of the Olympic Torch by an American Muslim – Mohammad Ali, final torchbearer and cauldron lighter at the Atlanta 1996 Summer Olympic Games.

When asked about the reference, Patrick Sandusky, spokesman for Chicago 2016’s bid for the Summer Olympic Games, told GamesBids.com, “the president has been an ardent supporter of the Olympic Movement for a very long time and the Olympic bid in Chicago since its inception. His speech was a great example of how the United States is reaching out to the world, extending a hand of friendship.

Link: http://www.gamesbids.com/eng/olympic_bids/chicago_2016/1216134419.html

Crain’s Chicago Business

Chicago extends lead for 2016 Games: Web site

Chicago widened its lead against its rivals for the 2016 Olympic Games in an index compiled by Around the Rings, an influential Web site that tracks the business of the games.

The city scored 80 out of 110 points in the latest ranking published by Ed Hula, editor of the Atlanta-based site. Madrid jumped into the No. 2 slot with a score of 78, ahead of Rio de Janeiro and Tokyo, which both scored 76.

Chicago scored 77 in the previous assessment, in September 2008, just one point ahead of the other three cities at 76. It’s the first ranking by Around the Rings since visits to each city by an International Olympic Committee evaluation team in April.

Link: http://www.chicagobusiness.com/cgi-bin/news.pl?id=34327

CBS 2 Chicago

Chicago Leads Race For 2016 Olympics; New Analysis Says Obama Key Factor; Madrid May Be City To Watch

Chicago now holds the best chance of winning the 2016 Olympics, a new analysis said Monday.
The Around the Rings Olympic Power Bid Index ranked Chicago on top following the International Olympic Committee trips to the city and the other three candidate cities – Tokyo, Madrid and Rio de Janeiro.
But the analysis said Madrid is gaining ground.
The analysis considers several factors, including accommodation and ambience, financial handling, security, transportation, venues, public support, marketing, cost, and Olympic legacy, among a few others.

Link: http://cbs2chicago.com/olympics2016/chicago.2016.bid.2.1035796.html

ABC 7 Chicago

Chicago gets top spot in 2016 rankings

Chicago takes the top spot in the latest rankings of four cities hoping to host the 2016 Olympic Games.

Chicago maintains the lead in the latest edition of the “Around the Rings Olympic Bid Power Index.” The rankings were compiled following on-the-scene trips to each of the four nominated host cities.

Members of the International Olympic Committee toured Chicago back in April. Chicago scored 80 out of 110 possible points.

Link: http://abclocal.go.com/wls/story?section=news/local&id=6853794

Exemplo negativo

Fonte: Blog do Cruz
O Tribunal de Contas da União aprovou, com ressalvas, as contas do governo Lula referentes a 2008. Como de costume, fez recomendações. Por exemplo, que o Executivo tenha um plano de ação para tortalecer os sistemas de planejamento, avaliação, monitoramento e controle da administração pública, para evitar gastos excessivos.

E que gastos excessivos os ministros do TCU usaram para exemplificar? os realizados nos Jogos Pan-Americanos. Vejam o que as autoridades escreveram:

“Nos Jogos Pan-americanos, por exemplo, o gasto da União foi 18 vezes maior que o previsto”…

Essa realidade do Pan é tão grave – gravíssima, até – que o TCU conseguiu analisar as contas de 34 ministérios do governo Lula, de 2008, em cinco meses, mas não conseguiu fechar, até hoje, as contas dos Jogos Pan-americanos 2007. Dois anos de trabalho sem um parecer final. São centenas de processos que tiram o fôlego dos auditores do TCU e o sono das autoridades do Ministério do Esporte, principalmente, envolvidos com denúncias de irregularidades sem fim.

Câmara quer diagnóstico sobre o Mundial de 2014

Fonte: Blog do Cruz

A euforia entre os torcedores para recebermos a Copa de 2014 no Brasil continua, mas onde o governo federal já atuou para tirar do papel os projetos que nos garantiram o evento? Qual o diagnóstico das obras, nas 12 cidades-sedes? Quanto será investido pelo governo federal? Quem fala sobre isso, a Casa Civil, o Ministério do Esporte, do Planajemento, das Cidades?

Para tentar evitar os desmandos ocorridos com o dinheiro público durante o Pan-2007, a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados aprovou 14 requerimentos convocando audiências públicas com ministros,  governadores e prefeitos das cidades que receberão os jogos, além de representantes de segmentos organizados da sociedade civil e do Comitê Organizador Local do Mundial de futebol.

Também foi aprovado requerimento solicitando à Casa Civil da presidência da República e aos ministérios do Planejamento e do Esporte informações sobre o programa orçamentário da Copa 2014, detalhando os investimentos a serem feitos pelo governo federal na organização do evento.

O presidente da Comissão de Fiscalização e Controle, deputado Sílvio Torres, disse que é imprescindível realizar um amplo diagnóstico para garantir o controle das despesas com recursos públicos. “É fundamental evitar a repetição do que ocorreu com os Jogos Pan Americanos do Rio de Janeiro, cujos custos, incialmente  orçados em  R$ 400 milhões, foram superiores a R$ 4 bilhões, sem que as contas relativas às despesas efetuadas pelo governo federal tenham sido, até hoje, aprovadas pelo TCU”, disse o deputado.