Newsletter 19/01/10

19/01/2010

Cresce participação das loterias no esporte

Fonte: Blog do Cruz

Com R$ 480 milhões recebidos em 2009, o esporte foi um dos principais beneficiados das loterias federais da Caixa Econômica.

O valor é  25% superior ao de 2008 – R$ 385 milhões.

De todos os repasses das loterias, o Ministério do Esporte foi o principal recebedor, com R$ 307,3 milhões, incremento de 21% sobre o último exercício.

No total das 10 loterias, a Caixa teve arrecadação recorde de R$ 7,3 bilhões, que corresponde a R$ 5,8 bi a mais que em 2008.

COB

Para o Comitê Olímpico Brasileiro foram destinados R$ 119,8 milhões, ou seja, teve “lucro”, pois a previsão inicial do próprio COB era receber os mesmos 93,8 milhões de 2008.

Os dados foram divulgados hoje pelo vice-presidente de Fundos e Loterias, Moreira Franco, no Rio de Janeiro.

Confira os repasses para o esporte (em milhões):

Destinação 2008 2009 Variação
Ministério dos Esportes 241.233 307.317 21%
Clubes de Futebol 33.141 31.706 4%
Comitê Olimpico Brasileiro 93.822 119.852 28%
Comitê Paraolimpico Brasileiro 16.839 21.295 26%
SUBTOTAL ESPORTES 385.035 480.170 25%

Além do esporte, outros setores do governo federal foram contemplados com os recursos das loterias.

A Educação recebeu R$ 649 milhões, 29% a mais que em 2008, e a Cultura R$ 207 milhões.

Seguridade Social, com R$ 1,2 bilhão, e a Receita Federal, R$ 717 milhões, foram os principais beneficiados na área governamental.


Medida Provisória da “Brasil Esporte” está pronta

10/12/2009

Medida Provisória da “Brasil Esporte” está pronta

Fonte: Blog do Cruz

Vem aí a Empresa Brasileira de Excelência Esportiva – Brasil Esporte, que integrará o Sistema Brasileiro de Desporto.

A nova instituição terá um presidente, escritórios nos estados e no exterior e desenvolverá ações paralelas às do Ministério do Esporte.

A proposta original, em forma de medida provisória (MP), está pronta e será analisada pela área jurídica do Palácio do Planalto antes de ser enviada ao Congresso Nacional pelo Presidente Lula.

Novidades

A MP também altera a Lei Pelé,n.9.615/98. Li o documento, e apresento as principais novidades que o governo prepara, para tentar tornar o Brasil uma potência olímpica.

A proposta, que já havia sido antecipada pelo ministro Orlando Silva, foi elaborada exclusivamente nos gabinetes do Ministério do Esporte, sem consultas ao Conselho Nacional de Esportes ou comitês Olímpico e Paraolímpico.

Rede Nacional

A Brasil Esporte terá a finalidade de “implementar a Rede Nacional de Treinamento, explorar economicamente e fomentar o desenvolvimento de atividades e tecnologias com vistas ao desenvolvimento do desporto brasileiro”, por meio de várias ações.”

Para tanto, a Brasil Esporte poderá contratar pessoal técnico e administrativo.

Presidente

A Brasil Esporte, que terá sede em Brasília, funcionará nos moldes das “agências reguladoras” (Anatel, Aneel, Anvisa etc), instituições que não tem o agrado do presidente Lula por serem órgãos reguladores altamente técnicos.

Por tal motivo a opção foi criar uma “Empresa”, em que haverá o predomínio político e todas as suas implicâncias que já se conhece muito bem.

Nos bastidores do Congresso Nacional dão como certa a indicação do ministro Orlando Silva para presidir a nova Empresa, que se ocupará da organização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

Metas

A MP prevê que o dinheiro das loterias, que desde 2001 vão para os comitês Olímpico e Paraolímpico, será fiscalizado.

Tais recursos serão aplicados conforme um “Termo de Parceria” com o Ministério do Esporte, visando ao cumprimento de cada confederação contemplada com verba oficial.

Atualmente, os comitês Olímpico e Paraolímpico não se submetem a este controle.

Bolsa-Atleta

Além das quatro já em vigor, são criadas duas categorias: Atleta de Base e Atleta de Ouro.

A Atleta Ouro será para competidores que ocuparem até o 10º lugar do ranking mundial em suas respectivas modalidades.

Em outra mensagem publicarei os valores previstos para cada uma das seis categorias.

CidadesOlímpicas

Para os municípios que desejarem desenvolver programas olímpicos e paraolímpicos, com recursos do Ministério do Esporte.

Os requisitos para pleitear a parceria estão sendo elaborados.

Jogos Olímpicos de2016

“A União poderá transferir recursos ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos – Rio 2016 – independentemente de comprovação do tempo mínimo de atividade regular, inclusive para aplicação em recursos de capital, mesmo que para início de construção de obra civil.”

Mandatos

As chapas que concorrerem a cargos eletivos de federações, confederações e comitês deverão ter a “duração dos mandatos do presidente, do vice-presidente e dos demais cargos eletivos”.

Mas nada diz sobre a possibilidade de reeleição dos dirigentes.

Novidades

As demais novidades sobre a Medida Provisória comentarei em próximas mensagens.


Blog do Cruz 11/11/09

11/11/2009

Interessante pelos números levantados sobre os investimentos das estastais, mas fazer uma somatória simples de todo dinheiro disponível para utilização por parte do Ministério, COB e CPB pode levar a conclusões erradas. Outros posts do mesmo autor explicam a dinâmica para utilização dos recursos.

Numa análise simples sobre os investimentos das estatais, podemos dizer que a Petrobras, uma das maiores empresas do Brasil, investe muito pouco no esporte.

Esporte tem R$ 2 bi do governo em 2009

fonte: Blog do Cruz

Concluída a pesquisa das seis estatais que patrocinam o esporte, aí está o balanço de 2009 mostrando o dinheiro que o esporte tem disponível na temporada, recursos apenas da área governamental.

Alerto: dinheiro disponível. Se está sendo usado é outra conversa. O orçamento do Ministério do Esporte, por exemplo, tem execução de apens 5,9%, conforme já comentei.

Em dezembro, publicarei o balanço final, pois as loterias contribuirão com mais recursos até lá.

Caixa Econômica Federal

Atletismo, ginástica, lutas e paraolímpicos   R$  47.000.000,00

Correios

Desportos Aquáticos       *                          R$  10.000.000,00

Futebol de Salão                                         R$    8.000.000,00

Tênis                                                          R$    3.840.000,00

* natação, saltos ornamentais, maratona

aquática, pólo aquático e nado sincronizado

Infraero

Judô                                                          R$     1.750.000,00

Banco do Brasil

Vôlei, vôlei de praia, futsal e iatismo            R$    60.000.000,00

Petrobras

Handebol (patrocínio)                                 R$      1.000.000,00

Handebol (Copa Petrobras)                         R$      4.500.000,00

Surfe                                                          R$      1.000.000,00

Tênis (Copa Petrobras)                               R$      6.800.000,00

Eletrobrás

Basquete masculino                                    R$    11.000.000,00

Sub-total                                                    R$  154.890.000,00

Lei de Incentivo ao Esporte                                   R$  300.000.000,00

Lei n. 10.264/2001 (2% das loterias federais)*    R$    99.730.730,00

* COB  e CPB , até setembro

Loterias Federais (ao Ministério do Esporte)          R$  217.376,824,00

Orçamento do Ministério do Esporte                    R$1.430.613.284,00

TOTAL                                                                R$2.202.610.838,00

 


S.Paulo FC, o maior beneficiado da Lei de Incentivo

28/10/2009

S.Paulo FC, o maior beneficiado da Lei de Incentivo

Fonte: Blog do Cruz

Dois anos depois da aprovação do primeiro projeto, em 19 de dezembro de 2007, o São Paulo Futebol Clube aparece como a instituição que mais se beneficia da Lei de Incentivo ao Esporte.

Dos R$ 30,6 milhões que os clubes de futebol profissional – modalidade mais atendida – já conseguiram captar, só o São Paulo é responsável por R$ 19 milhões.

No total, o tricolor paulista aprovou seis projetos (dois a mais que o COB) para a formação de atletas, construção de vestiários, arquibancadas, estacionamento etc.

Entre os doadores ao clube destacam-se o Bradesco, Atlântica Seguros, Banco Boavista, Banco Alvorada, Finasa e Nestlé.

Outros 13 clubes de futebol também tiveram sucesso na empreitada, como o Clube Atlético Mineiro  (R$ 5 milhões, vindos da Cemig e da Fiat) e o América FC, também de Minas (R$ 2,6 milhões).

Clubes sociais

Os clubes sociais-esportivos aparecem em segundo lugar entre as arrecadadoras de incentivos fiscais, com R$ 30,5 milhões.

Porém, apenas dois grandes formadores de atletas estão no ranking, o Minas Tênis, de Belo Horizonte (R$ 17,5 milhões) e o E.C.Pinheiros, de S.Paulo (R$ 13 milhões).

COB

Em dezembro de 2007, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) aprovou projeto de R$ 25,8 milhões. O dinheiro foi usado na preparação da equipe para os Jogos de Pequim.

Em outra proposta conseguiu captar apenas R$ 180 mil para o projeto Rumo ao Ouro Olímpico no Iatismo.

Mais duas propostas estão em fase de captação:

R$ 22,5 milhões – preparação da equipe aos Jogos de 2012

R$ 11,4 milhões – Operação do Centro Olímpico de Talentos, no Rio.

Ranking do milhão

Para realizar o ranking, agrupei por modalidade os projetos que já arrecadaram (os valores foram arredondados).

No ranking, abaixo, estão apenas as modalidades e/ou instituições que ultrapassaram R$ 1 milhão.

As informações gerais sobre a Lei de Incentivo estão na página do Ministério do Esporte – www.esporte.gov.br .

Campeões de captações

  1. Futebol                           R$ 30.619.243,00
  2. Clubes sociais-esportivos      28.930.151,00
  3. Comitê Olímpico                   25.900.000,00
  4. Hipismo                                  7.765.725,00
  5. Atletismo                                7.306.314,00
  6. Golfe                                      4.239.768,00
  7. Vela                                        4.094.835,00
  8. Esportes radicais                     2.766.489,00
  9. Desporto universitário             2.740.700,00
  10. Secretarias de  Esporte           2.351.847,00
  11. Comitê Paraolímpico               1.940.000,00
  12. Tênis                                      1.908.532,00
  13. Judô                                       1.728.781,00
  14. Vôlei                                       1.118.272,00
  15. Natação                                  1.075.060,00
  16. Basquete                                 1.041.318,00

Do Blog do Cruz – “O dinheiro do esporte”

28/08/2009

O dinheiro do esporte

Fonte: Blog do Cruz

Para que não ficar apenas nas citações, vamos aos números.

Além do orçamento do Ministério do Esporte, da Lei de Incentivo e dos repasses as loterias federais para os comitês Olímpico e Paraolímpico, há as parcerias das estatais, que patrocinam 16 modalidades.

Na medida em que recebermos as informações solicitadas, vamos colocando os valores no blog.

Caixa Econômica Federal

Em 2009, a Caixa investirá R$ 47 milhões em projetos esportivos, incluídos os do Comitê Paraolímpico Brasileiro e Circuito de Corridas de Rua (valores não revelados).

Investimentos na Confederação de Atletismo (em R$)

2009 13.500.000,00

Correios

Apoia a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos desde 1991. Diante dos resultados de visibilidade da imagem, a empresa adotou mais duas modalidades em 2008, o futsal e o tênis.

Os valores das parcerias para este ano são os seguintes:

Confederação de Desportos Aquáticos         R$ 10.000.000,00

Confederação de Futebol de Salão               R$   8.000.000,00

Confederação de Tênis                                R$   3.840.000,00

Infraero

Patrocina o esporte desde 2007.

Investimentos em 2009

Confederação Brasileira de Judô                  R$ 1.500.000,00

Projeto “Avança judô”                                 R$    250.000,00

Banco do Brasil

Começou a apoiar o esporte em 1987, com a Seleção Brasileira de Basquete. Em 1991 migrou para o vôlei.

O BB têm por política não divulgar os valores individuais de seus investimentos.

Para 2009 anuncia que aplicará o total de R$ 60 milhões nas seleções e vôlei, circuito de vôlei de praia, futsal e iatismo.

Nessa última modalidade, o BB decidiu patrocinar, desde 2005, a dupla Robert Scheidt e Bruno Prada, oito vezes campeões mundiais de vela, classe laser..

Além disso, mantém o projeto “Embaixadores do Esporte”, que trabalha com ex-campeões do vôlei – Maurício, Carlão, Marcelo Negrão e Paulão –, divulgando a modalidade. Recentemente, o ex-tenista Gustavo Kuerten entrou no seleto grupo dos embaixadores.

Novos números

Em próximas edições informarei sobre os valores aplicados pela Petrobras e Eletrobrás, as duas últimas estatais que ainda não repassaram os valores oficiais.

Da mesma forma, comentarei sobre a execução financeira do Ministério do Esporte, Bolsa Atleta, Lei de Incentivo ao Esporte e repasses de verba pública, via loterias federais, para a Confederação Brasileira de Clubes e comitês Olímpico e Paraolímpico.


Newsletter 24/08/09

24/08/2009

O dinheiro das loterias

Fonte: Blog do Cruz

O Comitê Olímpico Brasileiro aplica o critério da “meritocracia” para distribuir os recursos que recebe das loterias federais (Lei n. 10.264/2001) entre as confederações esportivas.

A lei em questão determina que 2% das arrecadações das loterias federais sejam destinados aos esportes olímpicos e paraolímpicos. No ano passado, o COB recebeu R$ 93 milhões. Este ano a expectativa é que os repasses cheguem a R$ 110 milhões.

É importante dizer que 5% do que recebe, o COB aplica nas Olimpíadas Universitárias, e 10% nos Jogos Escolares, conforme determina a lei.

Confira quanto cada modalidade receberá este ano das loterias federais, cujas despesas realizadas são auditadas pelo Tribunal de Contas da União.

Modalidades com campeões olímpicos ou conquista de mais de uma medalha em Jogos Olímpicos:

R$ 2,5 milhões

Atletismo

Desportos Aquáticos

Judô

Vela

Voleibol

Modalidades com campeões pan-americanos e/ou histórico olímpico

R$ 2,3 milhões

Ginástica e Handebol

Hipismo

Basquete

Modalidades em desenvolvimento com resultado sul-americano, pan-americano e mundial

R$ 1,6 milhão

Canoagem

Ciclismo

Remo

Tênis de mesa

R$ 1,4 milhão

Boxe

R$ 1,3 milhão

Tênis

Tiro esportivo

R$ 1,2 milhão

Triatlo

R$ 1 milhão

Taekwondo

Modalidades em desenvolvimento com resultado sul-americano

R$ 900 mil

Esgrima

Lutas

R$ 800 mil

Badminton

Hóquei sobre grama

Levantamento de peso

Pentatlo Moderno

Tiro com arco

R$ 800 mil

Desportos no Gelo

R$ 600 mil

Desportos na Neve


Newsletter 26/06/09

26/06/2009

À procura de barco, time brasileiro na próxima Volvo deve ser anunciado em julho

Bruno Doro
Em São Paulo

Fonte: Folha de São Paulo

A presença de um time brasileiro na próxima edição da regata de volta ao mundo Volvo Ocean Race deve ser confirmada na primeira metade de julho, durante a Semana de Vela de Ilhabela, a mais tradicional competição náutica do país. Alan Adler, um dos diretores do Brasil 1 na edição de 2005 da prova, viajou para Suécia e Rússia nesta semana, para fechar os últimos detalhes para o anúncio do time.

Ao lado de Paulo Zottolo e Lars Grael, Adler conversou com a organização do evento, fez reuniões com projetistas para o desenho de um novo barco e ainda se encontrou com velejadores que podem fazer parte da tripulação. Torben Grael, comandante do Brasil 1 em 2005 e campeão da edição atual da Volvo com o Ericsson 4, foi um deles.

Os brasileiros, porém, não conseguiram concretizar um dos objetivos da viagem: voltar ao país com um barco. Segundo várias fontes consultadas pela reportagem do UOL Esporte, o grande objetivo era comprar o Ericsson 3, usado pela tripulação nórdica do time sueco.

Os suecos, porém, ainda estudam a possibilidade de disputar a Volvo pela terceira vez seguida. Com isso, adiaram a decisão sobre o destino dos barcos. Atualmente, a equipe é dona de três Volvo 70, a classe de veleiros usada na competição. O E1, que disputou a edição 05/06 da competição, o E4, com o qual Grael foi campeão, e o E3, alvo dos brasileiros e considerado o melhor veleiro da Volvo em 2009 segundo uma enquête feita com os velejadores pelo site oficial da competição.

A compra de um novo barco seria importante para os brasileiros começarem a preparação antes dos demais times. O E4, por exemplo, foi o time que mais treinou para esta edição da Volvo e foi o campeão com cinco vitórias em nove etapas. Este veleiro seria usado em treinos, até que um novo barco, provavelmente construído no Brasil, ficasse pronto.

Para desenhar esse novo veleiro, Adler, Zotollo e Lars tiveram reunião com o neozelandês Bruce Farr, que projetou o barco campeão de 6 das últimas 10 edições da regata, e ainda conversaram com o argentino Juan Kouyoumdjian, que desenhou os dois últimos vencedores da competição.

A tripulação para o barco é outra incógnita. Torben Grael, irmão mais velho de Lars, que será o coordenador técnico do projeto, é o favorito. O problema, porém, é que com o título com o E4, ele se tornou um dos velejadores mais valorizados do planeta. Além disso, Torben apenas aceitaria embarcar em um novo projeto se o mesmo tivesse chances de vitória.

“A experiência com o Brasil 1 (em 2005/2006) foi ótima, mas não poderia fazer novamente com as mesmas características. Terminamos em terceiro lugar e teríamos de fazer um novo projeto com um objetivo ainda maior. Ser terceiro novamente seria um resultado ruim”, analisa o comandante. Ele, porém, admite a vontade de volta à competição.

Campeão da Volvo ao lado de Grael, o timoneiro Joca Signorini concorda com Torben. “Eu já fiz essa regata duas vezes. Fui campeão em uma. Terminei em terceiro em outra. Precisaria de um projeto bom para voltar”, diz o velejador.

Parceiro de Grael em três medalhas olímpicas, Marcelo Ferreira também admite participar de um novo projeto. Ele foi tripulante do Delta Lloyd, lanterna da Volvo neste ano, para as regatas locais. “Eu faria novamente a Volvo, mas apenas em um time brasileiro”, confirma o bicampeão olímpico.

A próxima edição da regata de volta ao mundo será disputada entre 2011 e 2012. A largada será em Alicante, na Espanha, mas o roteiro completo ainda não foi definido. As regras estão sendo finalizadas, mas a caixa de regras dos barcos não deve ser muito alterada.

A organização estuda também uma série de medidas para redução de custos, como diminuir a duração da competição, diminuir em 40% o número de velas que um time pode ter, abolir a exclusividade do projetista e reduzir ainda mais o número de tripulantes, entre outras. A regra final será anunciada até o final do ano.

Atletas Olímpicos participam de corrida de revezamento em apoio à Candidatura Rio 2016

fonte: Site do COB

No encerramento da Semana Olímpica, nove atletas e um técnico que representaram o Brasil em diversas edições dos Jogos Olímpicos divulgarão os ideais da candidatura Rio 2016 pelas ruas do Rio de Janeiro. Adriana Samuel (prata no vôlei de praia em Atlanta 96 e bronze em Sydney 2000), Bruno Prada (prata na vela em Pequim 2008), Cyro Delgado (bronze no revezamento 4x200m em Moscou 80), Jaqueline Silva (ouro no vôlei de praia em Atlanta 96), Miguel Ângelo da Luz (técnico da seleção feminina de basquete prata em Atlanta 96), Nalbert (ouro no vôlei em Atenas 2004), Nelson Prudêncio (prata no salto triplo na Cidade do México 68 e bronze em Munique 72), Paulinho Vilas Boas (quinto no basquete em Seul 88 e Barcelona 92), Sebastian Pereira (quinto no judô em Atlanta 96) e Vanderlei Cordeiro de Lima (bronze na maratona em Atenas 2004) formarão a equipe Rio 2016 na “Family Run” da Maratona do Rio, que acontece neste domingo, dia 28, às 8h.

A “Family Run” é uma prova de seis quilômetros disputada simultaneamente à Maratona do Rio. A equipe Rio 2016 fará um revezamento durante o percurso: cada atleta percorrerá 600 metros e a logomarca da candidatura será passada de mão em mão, substituindo o tradicional bastão. “Este revezamento é o símbolo do apoio de atletas de várias gerações ao projeto olímpico do Rio de Janeiro. Ninguém melhor do que atletas e técnicos para analisar o que está sendo planejado para os Jogos. A Maratona do Rio é uma grande festa do esporte e o revezamento Rio 2016 será um encerramento maravilhoso para a Semana Olímpica, que celebrou os valores do Movimento Olímpico em todo o país”, disse Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Rio 2016.

Campeão olímpico em Atenas 2004, Nalbert fará sua estreia em provas de corrida. “Como brasileiro e carioca, quero muito que os Jogos Olímpicos sejam disputados no Rio de Janeiro. Vou fazer o que puder para que essa campanha tenha êxito”, disse Nalbert, que atualmente disputa competições de vôlei de praia.

O velejador Bruno Prada também vai trocar de esporte na manhã deste domingo para mostrar seu apoio ao projeto olímpico do Rio de Janeiro. “Todos os atletas têm que ajudar o Brasil nessa disputa. Eu vou dar a minha contribuição. A distância não é grande, vai dar para correr em ritmo de comemoração”, brinca Bruno.

O revezamento Rio 2016 fecha as comemorações da Semana Olímpica, que teve eventos em oito cidades brasileiras – Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Brasília (DF), Vitória (ES), Aracaju (SE), Barra Mansa (RJ), São José do Rio Preto (SP) e Boa Vista (RR). Foram realizadas corridas, clínicas de esporte, palestras, mostras de vídeo, teatro, atividades esportivas e exposições de fotos.

Projeto eleitoreiro

Fonte: Blog do Cruz

Além de eleitores e promessas, obras e futebol atraem os políticos. Dependendo da época, um assunto tem prioridade sobre o outro. Mas se puder juntar os dois, a festa fica mais alegre. De olho nesse público – torcedor e eleitor – crescem os projetos de leis, como o que tramita no Senado Federal, criando o “Fundo Copa Amador para o apoio ao futebol não profissional no país”.

Trata-se de uma preciosidade, para os que, em tese, serão beneficiados. Ou algo inacreditável, para quem acompanha o esporte diariamente. O tal projeto determina que 20% do que a União aplicar na realização da Copa do Mundo de 2014 sejam destinados ao futebol amador. Não há números confiáveis nesse sentido, pois nem o próprio Palácio do Planalto tem a noção do que investirá nesse projeto. Mas fala-se em algo de R$ 100 bilhões – a maior parte aplicados em obras de infraestrutura.

Ou seja, se o projeto for aprovado, o governo se tornará financiador de clubes amadores com algo em torno de espetaculares R$ 20 bilhões. Para que se tenha uma ideia, esse valor é 10 vezes mais do que o futebol profissional movimenta no país, anualmente, aí, incluídas as transações milionárias de jogadores para o exterior. Estamos, enfim, perto de uma revolução fenomenal, com os clubes regredindo ao amadorismo para serem, então, subvencionados pelo governo federal.

A proposta é mal elaborada e tem argumentação frágil, inconsistente. Poucas vezes se viu, na área do esporte, algo com objetivo tão eleitoreiro como esse. Nem o polêmico e truculento ex-presidente do Vasco da Gama, Eurico Miranda, também ex-deputado, conseguiu produzir peça com tal agressão aos cofres públicos. No entanto, o tal projeto de lei para o futebol amador foi apresentado por um senador que tem um perfil e discurso justamente contrários a essa prática, o representante do Distrito Federal, Cristovam Buarque (PDT).

Para piorar, o relator desse projeto, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), argumenta com informações que não refletem a realidade. Por exemplo, “o esporte amador jamais recebeu apoio e incentivo …” É de uma desinformação espetacular.

Repetindo o presidente Lula, “nunca antes na história deste país” o esporte teve tanto dinheiro público. O esporte no Brasil, senhores parlamentares, é fruto da iniciativa privada, mas estatizado na sua gestão financeira, a partir dos milhões repassados pelas loterias. A mais recente aberração nesse sentido é a Lei de Incentivo ao Esporte, que atende, inclusive, o futebol amador, que o senador Cristovam Buarque agora quer destinar bilhões de reais.

Diz ainda o senador Eduardo Azeredo: “Nossas escolas são carentes de espaço, de material e de profissionais preparados para oferecer aos alunos práticas esportivas que lhes permitam desenvolver não apenas seu potencial física, como aprimorar sua formação humana e social.”

Oposicionista, o senador acerta nessa informação e não perde a oportunidade de criticar o governo federal por sua incapacidade de resolver esse que é um dos maiores problemas da educação no país, a falta de atividade física regular nas escolas públicas. Porém, em vez de levar a plenário propostas para debater essa grave questão, que se arrasta desde o governo passado, apoia uma proposta ilusória, pois o dinheiro não chegará aos campos de várzea.

Ao contrário, será o profissionalismo, mais uma vez, que se beneficiará desse dinheiro. Disfarçados de amadores, lá estarão os cartolas, eternos pedintes do dinheiro público, criando times de arrabaldes, para terem acesso ao dinheiro fácil. E será com esse recurso que formarão atletas para vendê-los ao exterior, como já ocorre vergonhosamente, aqui mesmo em Brasília, com garotos de até 14 anos deixando a família para tentar realizar um sonho duvidoso em outros países.

Suspenda esse projeto, senador Cristovam Buarque. Faça uma consulta ao Siafi e veja quanto o esporte  – futebol, inclusive –  recebe dos cofres públicos. O senhor se surpreenderá com os valores ali registrados nos últimos anos. E, se avançar nessa consulta, observará o desperdício que ocorre em nosso país com as fartas verbas para o setor. Reverta a sua proposta, e terá, com certeza, um maior número de eleitores ao seu lado, bem superior aos que espera ganhar com essa gentileza que projeta fazer com o dinheiro público.


Newsletter 15/06/2009

15/06/2009

Pista cheia

Número de praticantes de skate cresce, Brasil é potência mundial, mas tem só 300 profissionais

Fonte: Folha de São Paulo 14/06/2009

CAROLINA ARAÚJO
DA REPORTAGEM LOCAL

Festejado como esporte radical, estilo de vida ou até mesmo meio de transporte, o skate anda em alta. É o que mostram não apenas o barulho incessante das rodinhas sobre o asfalto nas ruas, pistas e obstáculos, mas também as estatísticas.

Pesquisa realizada pelo Datafolha apontou 3,2 milhões de adeptos no Brasil em 2006 -12,5% a mais do que em 2002, quando o mesmo levantamento disse haver 2,8 milhões de skatistas em todo o país.

Uma das principais razões para a popularização é econômica, já que o skate é considerado um dos poucos esportes radicais de baixo custo.

“Começar a andar de skate é muito barato. Com R$ 100 você compra um e aprende”, declara Márcia Casz, diretora da MaxSports, que organiza dois dos principais eventos do Brasil, o Vert Jam e a Megarrampa.

Ser skatista, porém, é ofício para poucos -o país tem 300 profissionais. Ou seja: apenas 1 a cada 10 mil praticantes ganha dinheiro com skate, apesar de o Brasil ser a segunda maior potência no esporte, atrás dos EUA, e ter hoje seis campeões mundiais -quatro profissionais e dois amadores.

O número de profissionais do skate no país é pequeno devido a um controle feito pela CBSk (Confederação Brasileira do Skate), que exige que o atleta amador apresente resultados, potenciais patrocinadores e aparições em meios de comunicação antes de decidir se o promove à categoria profissional.

“Antes tinha skatista querendo ser profissional pelo dinheiro, aceitando quaisquer R$ 500. Mas quase sempre ele não tinha nível técnico nem postura para isso”, diz Marcelo Santos, presidente da entidade.

Com a medida, a profissionalização se tornou mais rara. Se há cinco anos o Brasil tinha entre 20 e 30 novos profissionais por ano, hoje a média é de três ou quatro por temporada.

São esses 300 experts que podem participar dos dez campeonatos para tops que a confederação promove no ano.

A maior fonte de renda dos skatistas, contudo, não são as premiações de torneios. Vem da aparição em vídeos ou fotos para publicidade e de patrocínios de empresas do setor.

O país tem uma indústria nacional própria, que fabrica vestuário e equipamentos e fatura R$ 250 milhões por ano.
Para estudiosos do skate, a popularização do esporte vai além da esfera esportiva. Apesar de o bom desempenho dos brasileiros nas pistas também render novos praticantes, o que atrai mais adeptos é a procura por um estilo de vida próprio.

Segundo Ricardo Uvinha, autor do livro “Juventude, Lazer e Esportes Radicais” e professor da Escola de Artes, Ciência e Humanidades da USP, os jovens buscam o skate para se integrar a um grupo e compartilhar gostos semelhantes.

Skatista há oito anos, Bruno Milliet, 19, concorda. “Skate influencia toda a sua vida, desde a roupa e a música que você gosta até o modo como você vê uma rua, tentando achar lugares para fazer uma manobra nova.”
A chance de se destacar dentro do grupo é outro atrativo para os iniciantes, diz Walter Bracht, diretor do Centro de Educação Física da Universidade Federal do Espírito Santo.

“Não é por acaso que os praticantes procuram praças e espaços públicos para suas performances”, afirma Bracht.

A massificação do esporte, porém, não atingiu em cheio as mulheres. O skate tem um público feminino crescente, porém só 8% dos praticantes são garotas, segundo a CBSk.

“Há um ranço do machismo no mercado do skate, e as meninas enfrentam mais dificuldades. Além do preconceito, não há investimento para a categoria feminina”, diz Evelyn Leine, 23, skatista e editora do blog Skate para Meninas.

Atletas reclamam de parque do skate em SP

Fonte: Folha de São Paulo 14/06/2009

DA REPORTAGEM LOCAL

Aberto em fevereiro e desde então transformado no espaço de skate mais movimentado da cidade de São Paulo, o parque Zilda Natel, em Perdizes, é alvo de queixas de frequentadores.

Os atletas reclamam que as três pistas apresentam problemas de segurança e não foram construídas de acordo com as especificações da modalidade.

“Aqui dá muita confusão. O bowl [pista em formato de bacia vazia] foi malfeito, porque as paredes não têm 90º. Aí fica mais difícil acertar as manobras”, diz Murilo Romão, 20.

Segundo Andrea Matarazzo, secretário de Coordenação das Subprefeituras e responsável pela implantação do parque, que custou R$ 696 mil, um grupo de skatistas atuou como consultor técnico durante a construção. “Como não somos especialistas em skate, ouvimos os maiores interessados.”

Os atletas, porém, dizem que a participação deles foi paliativa e só ocorreu quando as obras já estavam em andamento.

“Eles não procuraram ninguém do skate para fazer a pista, e acabou ficando essa porcaria. Toda hora tem colisão. Era melhor uma pista só, mas boa”, afirma Lucas Carvalho, 21, profissional há dois anos.

Os problemas no Zilda Natel mostram uma das deficiências do skate no país: a falta de planejamento e manutenção das pistas. O Brasil tem cerca de 1.400, 91 em São Paulo.

“As prefeituras investem em pistas por uma demanda social. Mas não adianta construir a pista e ela nem poder ser usada”, declara o campeão mundial Bob Burnquist. (CA)

Penta mundial vê evolução, mas faz críticas

Fonte: Folha de São Paulo 14/06/2009

DA REPORTAGEM LOCAL

Pentacampeão mundial e um dos maiores ídolos do skate nacional, ao lado de Bob Burnquist, o skatista Sandro Dias, 34, conhecido como Mineirinho, aponta melhorias no cenário brasileiro, mas diz que a falta de pistas atrapalha o desenvolvimento do esporte. (CA)

FOLHA – Você vê evolução no skate do Brasil nos últimos anos?
SANDRO DIAS
– Acho que melhorou nos últimos três ou quatro anos. Agora temos mais eventos e maior apoio aos skatistas como esportistas. Na época em que comecei, o único jeito de evoluir era ir morar nos Estados Unidos. Atualmente temos profissionais que começaram e continuam por aqui, mesmo com as dificuldades.

FOLHA – Quais são as dificuldades?
DIAS
– Faltam pistas para o treinamento profissional. As boas pistas ainda são escassas e geralmente particulares [Mineirinho tem a própria pista há dez anos, em São Bernardo]. Há grandes talentos que não evoluem porque não têm lugar para treinar. Também falta divulgar mais os profissionais brasileiros. São 300 profissionais que praticam o segundo esporte mais popular do país. Todos esses caras têm que ser mostrados nos meios de comunicação e apoiados. O Brasil é uma potência no skate mundial e muita gente não sabe disso.

FOLHA – Qual é sua opinião sobre o controle à profissionalização realizado pela CBSk?
DIAS
– Acho importante ter alguém para avaliar se alguém pode ser profissional do skate. Na minha época, era só falar que era profissional, mesmo sem patrocínio ou qualidade, o que não era bom para o esporte. Acho legal essa iniciativa da confederação, mas fica mais complicado em tempos de crise. Desde o ano passado, as empresas colocaram um pé no freio nos patrocínios, e isso atrapalha quem está surgindo.

10/06/2009 às 16:30h – Diretor de Esporte de Base do ME discute PL que pretende regulamentar esportes radicais

Fonte: Ministério do Esporte
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado realizou nesta quarta-feira (10) audiência pública para discutir o Projeto de Lei 403/2005, do senador Efraim Moraes (DEM-PB), que propõe regras para prática de esportes radicais e de aventura no Brasil. O objetivo é aumentar a segurança dos atletas dessas modalidades. O diretor do departamento do Esporte de Base e de Alto Rendimento do Ministério do Esporte e presidente da Comissão de Esportes Radicais e de Aventura da pasta, André Arantes, participou do evento e fez sugestões aos senadores.

Arantes apresentou a legislação esportiva brasileira. Segundo ele, o Brasil está avançando no processo de regulamentação dessas modalidades e conta com a participação do Ministério do Esporte e do Turismo. O diretor chamou atenção no sentido de que o projeto conceitue os esportes radicais e de aventura de acordo com a definição da Resolução 18/2007, do Ministério do Esporte.

Conforme conceito do ministério, o desporto de aventura é praticado em interação com a natureza, a partir de sensações e emoções, sob condições de incerteza em relação ao meio e de risco calculado, como o surf, arvorismo e rapel. Já os esportes radicais são práticas a partir de sensações e emoções, sobre condições de risco calculado, realizadas em manobras arrojadas e controladas, com a superação de habilidades de desafio extremo e desenvolvidas em ambientes controlados. Esse é o caso do skate, patins in-line e bicicross.

Arantes também sugeriu que o PL esteja em consonância com a Lei Pelé (9.615 /98), que regulariza o esporte de forma geral no nosso país. “Vejo com bons olhos a iniciativa do Senado de sugerir medidas para melhorar a segurança nos esportes radicais”, disse.

Luiz Henrique Campos, assessor da Confederação Brasileira de Surf (CBS), também participou da audiência. Pare ele, uma lei de segurança para esportes radicais chega em boa hora, principalmente para regulamentar as entidades esportivas. Ele explicou que isso é importante, porque o surf é um dos esportes mais praticados no Brasil. “Segundo uma pesquisa da editora Abril, há entre dois e três milhões de praticantes do surf no país”.

Campos também citou a criação do Comitê Nacional de Esportes Radicais, no dia 14 de maio, que, segundo ele, vai fortalecer as entidades esportivas. Além disso, agradeceu o apoio do ministro do Esporte, Orlando Silva, ao comitê.

Também estiveram presentes na audiência o recordista mundial de parapente, André Luís Fleury, o gestor da Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo Turismo de Aventura (Abeta), Leonardo Persi, e Monclair Cammarota, do Oskalunga corrida de aventura.

O presidente da comissão, senador Flávio Arns (PT-PR), afirmou que a audiência foi muito positiva. “Vamos enriquecer a legislação para que ela esteja em sintonia com os praticantes de esportes radicais e de aventura”, defendeu.

Clara Mousinho

Ascom – Ministério do Esporte

Confao


Fonte: Blog do Cruz
O presidente do Conselho Nacional de Clubes Formadores de Atletas Olímpicos (Confao), Sérgio Bruno Coelho, apresenta farto material demonstrando a importância dos clubes no contexto esportivo. Com base nos números, essas entidades buscam participar do rateio dos recursos das loterias federais, atualmente administrados pelos comitês Olímpico e Paraolímpico.

Os principais clubes – Sogipa e União (RS), Corinthians e Pinheiros (SP), Minas Tênis (MG), Flamengo, Fluminense e Vasco (RJ) – têm um potencial pouco divulgado: 9.129 atletas federados e 25.343 alunos em formação.

Em nível olímpico, a situação é a seguinte: dos 277 atletas da delegação brasileira nos Jogos de Pequim, 213 (77%) foram formados ou eram mantidos, à época, por clubes nacionais. E dos 75 brasileiros medalhistas naquele evento oriental, 28 (37%) estavam vinculados a clubes brasileiros, e 35 competidores (47%) – a maioria, portanto – pertenciam a agremiações estrangeiras, nas modalidades de handebol, vôlei, basquete, futebol e hipismo.

“Denota-se a necessidade de uma política de esporte definida e consolidada, que evite essa evasão de atletas brasileiros para clubes do exterior”, diz o presidente do Confao.

O detalhado balanço justifica-se, mesmo porque Sérgio Bruno Coelho é, também, presidente do Minas Tênis Clube, instituição que, dos Jogos de Helsinque-1952 aos de Pequim-2008, participou com 45 competidores e cinco técnicos. No contexto das informações, fica evidente, como já escrevemos, a necessidade de contar com os times no programa de formação de atletas olímpicos.

Porém, a ausência dos clubes do rateio dos recursos das loterias demonstra como ainda estamos perdidos no diálogo – ou na falta dele – entre as instituições que formam o Sistema Nacional de Esportes.

Desde que as loterias federais começaram a repassar os recursos ao esporte (Lei nº 10.264/2001), o COB dialoga exclusivamente com as confederações, que formam sua estrutura. E não desceu nessa hierarquia, por exemplo, até às federações, também alijadas do sistema de recebimento de verbas, e muito menos até os clubes. O tempo passou. Lá se vão oito anos de vigência dessa lei, e os clubes decidiram gritar. Com números efetivos nas mãos, faz sentido.

Ocorre que alterar os percentuais de repasse unicamente das loterias federais significa ignorar as outras fontes – e são várias. Como o financiamento do esporte olímpico é quase que exclusivamente responsabilidade da União, está na hora de o governo federal reavaliar o que existe de fontes, promovendo a redistribuição dos recursos para que cheguem, efetivamente, à base, isto é, às instituições que trabalham com a formação de atletas.

Festa com dinheiro público

Fonte: Blog do Cruz
Ricardo Leyser Gonçalves, do Ministério do Esporte, terá que devolver R$ 2,7 milhões aos cofres da União. Esse é o resultado do superfaturamento em instalações de ar condicionado, montagem de cadeiras, camas, instalações de persianas e fornecimento de colchões, entre outros serviços, na Vila Pan-Americana, que recebeu cinco mil atletas no megaevento, durante duas semanas.

A cobrança dessa gastança foi feita ontem quando o Tribunal de Contas da União aprovou o primeiro processo que confirma o superfaturamento nas despesas dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro.

Além de Ricardo Leyser Gonçalves, também responderão pela devolução do dinheiro, o presidente da comissão de licitação, Luiz Custódio Orro de Freitas, José Pedro Varlotta e José Mardovan Carvalho Pontes, da comissão de licitação, e o Consórcio Interamericano, representado por sua empresa líder, JZ Engenharia e comércio Ltda, com sede em São Paulo.

Silêncio ministerial

Fonte: Blog do Cruz
O site do Minsitério do Esporte continua sem uma só referência à decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que, na quarta-feira, determinou a devolução de R$ 2,7 milhões aos cofres públicos.

Junto com empresários que administraram o consórsio da Vila Pan-Americana, no Rio de Janeiro, Ricardo Leyser Gonçaves é quem terá que restituir o dinheiro, depois de ter sido identificado superfaturamento em vários contratos.

Ricardo Layser Gonçalves não é pouca coisa no ministério. Além de ter sido o representante do governo no Comitê Organizador dos Jogos Pan-Americanos de 2007, ele é o Secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento, ou seja, homem da extrema confiança do ministro Orlando Silva.


Newsletter 10/06/2009

10/06/2009

Websites Especializados Colocam Chicago Na Frente Devido Ao Fator Barack Obama Olímpico. Como Já Escrevi Aqui, Embora Não Ponha Fé Nesses Websites Especializados, Acredito Que O Único Chefe De Estado Que Pode Ter Alguma Influência Nos Membros Do Comitê Internacional Olímpico É Justamente o Presidente dos EUA.

GamesBids.com

Obama’s Cairo Speech Invigorates Chicago 2016

Fonte: Blog do Murray

In his one-hour speech Thursday in Cairo, U.S. President Barack Obama touched on the Olympic Games when he spoke about how American Muslims have enriched the United States. He was referring to the lighting of the Olympic Torch by an American Muslim – Mohammad Ali, final torchbearer and cauldron lighter at the Atlanta 1996 Summer Olympic Games.

When asked about the reference, Patrick Sandusky, spokesman for Chicago 2016’s bid for the Summer Olympic Games, told GamesBids.com, “the president has been an ardent supporter of the Olympic Movement for a very long time and the Olympic bid in Chicago since its inception. His speech was a great example of how the United States is reaching out to the world, extending a hand of friendship.

Link: http://www.gamesbids.com/eng/olympic_bids/chicago_2016/1216134419.html

Crain’s Chicago Business

Chicago extends lead for 2016 Games: Web site

Chicago widened its lead against its rivals for the 2016 Olympic Games in an index compiled by Around the Rings, an influential Web site that tracks the business of the games.

The city scored 80 out of 110 points in the latest ranking published by Ed Hula, editor of the Atlanta-based site. Madrid jumped into the No. 2 slot with a score of 78, ahead of Rio de Janeiro and Tokyo, which both scored 76.

Chicago scored 77 in the previous assessment, in September 2008, just one point ahead of the other three cities at 76. It’s the first ranking by Around the Rings since visits to each city by an International Olympic Committee evaluation team in April.

Link: http://www.chicagobusiness.com/cgi-bin/news.pl?id=34327

CBS 2 Chicago

Chicago Leads Race For 2016 Olympics; New Analysis Says Obama Key Factor; Madrid May Be City To Watch

Chicago now holds the best chance of winning the 2016 Olympics, a new analysis said Monday.
The Around the Rings Olympic Power Bid Index ranked Chicago on top following the International Olympic Committee trips to the city and the other three candidate cities – Tokyo, Madrid and Rio de Janeiro.
But the analysis said Madrid is gaining ground.
The analysis considers several factors, including accommodation and ambience, financial handling, security, transportation, venues, public support, marketing, cost, and Olympic legacy, among a few others.

Link: http://cbs2chicago.com/olympics2016/chicago.2016.bid.2.1035796.html

ABC 7 Chicago

Chicago gets top spot in 2016 rankings

Chicago takes the top spot in the latest rankings of four cities hoping to host the 2016 Olympic Games.

Chicago maintains the lead in the latest edition of the “Around the Rings Olympic Bid Power Index.” The rankings were compiled following on-the-scene trips to each of the four nominated host cities.

Members of the International Olympic Committee toured Chicago back in April. Chicago scored 80 out of 110 possible points.

Link: http://abclocal.go.com/wls/story?section=news/local&id=6853794

Exemplo negativo

Fonte: Blog do Cruz
O Tribunal de Contas da União aprovou, com ressalvas, as contas do governo Lula referentes a 2008. Como de costume, fez recomendações. Por exemplo, que o Executivo tenha um plano de ação para tortalecer os sistemas de planejamento, avaliação, monitoramento e controle da administração pública, para evitar gastos excessivos.

E que gastos excessivos os ministros do TCU usaram para exemplificar? os realizados nos Jogos Pan-Americanos. Vejam o que as autoridades escreveram:

“Nos Jogos Pan-americanos, por exemplo, o gasto da União foi 18 vezes maior que o previsto”…

Essa realidade do Pan é tão grave – gravíssima, até – que o TCU conseguiu analisar as contas de 34 ministérios do governo Lula, de 2008, em cinco meses, mas não conseguiu fechar, até hoje, as contas dos Jogos Pan-americanos 2007. Dois anos de trabalho sem um parecer final. São centenas de processos que tiram o fôlego dos auditores do TCU e o sono das autoridades do Ministério do Esporte, principalmente, envolvidos com denúncias de irregularidades sem fim.

Câmara quer diagnóstico sobre o Mundial de 2014

Fonte: Blog do Cruz

A euforia entre os torcedores para recebermos a Copa de 2014 no Brasil continua, mas onde o governo federal já atuou para tirar do papel os projetos que nos garantiram o evento? Qual o diagnóstico das obras, nas 12 cidades-sedes? Quanto será investido pelo governo federal? Quem fala sobre isso, a Casa Civil, o Ministério do Esporte, do Planajemento, das Cidades?

Para tentar evitar os desmandos ocorridos com o dinheiro público durante o Pan-2007, a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados aprovou 14 requerimentos convocando audiências públicas com ministros,  governadores e prefeitos das cidades que receberão os jogos, além de representantes de segmentos organizados da sociedade civil e do Comitê Organizador Local do Mundial de futebol.

Também foi aprovado requerimento solicitando à Casa Civil da presidência da República e aos ministérios do Planejamento e do Esporte informações sobre o programa orçamentário da Copa 2014, detalhando os investimentos a serem feitos pelo governo federal na organização do evento.

O presidente da Comissão de Fiscalização e Controle, deputado Sílvio Torres, disse que é imprescindível realizar um amplo diagnóstico para garantir o controle das despesas com recursos públicos. “É fundamental evitar a repetição do que ocorreu com os Jogos Pan Americanos do Rio de Janeiro, cujos custos, incialmente  orçados em  R$ 400 milhões, foram superiores a R$ 4 bilhões, sem que as contas relativas às despesas efetuadas pelo governo federal tenham sido, até hoje, aprovadas pelo TCU”, disse o deputado.


Newsletter 02/06/09

02/06/2009

Falta de TV tira patrocínio no vôlei de praia
Fonte: Blog do Erich Beting

A falta de transmissão na TV das etapas do vôlei de praia já causou o primeiro baque para os atletas da modalidade. As duplas formadas por Carol e Maria Clara e Pedro Solberg e Pedro Cunha perdeu o patrocínio que tinha da Cimed.

A decisão de tirar o apoio foi tomada no início deste ano, depois que as etapas do Circuito Banco do Brasil deixaram de ser transmitidas pelo Sportv. Segundo Renan Dal Zotto, gerente de esportes da Cimed, a fuga da TV fez com que o patrocínio se tornasse insustentável para a empresa.

No segundo semestre do ano passado, a Cimed havia substituído a Medley, sua rival na área de medicamentos genéricos, no patrocínio às duplas.

O caso ilustra bem a força que a mídia tem na promoção do esporte. Uma das razões para uma empresa apoiar uma modalidade é o retorno de exposição que ela permite à marca. Se o esporte não estiver na grande mídia, a justificativa do patrocínio é praticamente inexistente, como foi agora com a Cimed.

O esporte precisa, urgentemente, entender como trabalhar melhor a ferramenta de exposição na mídia. E a mídia, por sua vez, precisa entender melhor como tirar ótimo proveito do conteúdo que só o esporte é capaz de lhe oferecer.

TV ainda emperra Mundial de handebol


GUSTAVO FRANCESCHINI

Fonte: Máquina do Esporte

A Confederação Brasileira de Handebol já assinou o contrato para receber o Mundial feminino de handebol de 2011, mas ainda está de mãos atadas. Por causa de um contrato de exclusividade para direitos de transmissão com a agência Sportfive, a Federação Internacional de Handebol (IFH, em inglês) ainda trava o marketing do evento.

O principal problema diz respeito à mídia. A CBHb pretende lucrar com a venda dos direitos para as emissoras brasileiras. No formato atual, porém, a negociação é feita diretamente com a Sportfive.

“O contrato deles termina no fim do ano. Ele provavelmente deve ser renovado, mas nós estamos tentando mudar detalhes como esse”, disse Fabiano Redondo, diretor de marketing da entidade.

A expectativa com essa propriedade é tão grande que a CBHb cogita, inclusive, comprar os direitos para revendê-lo. O mesmo, aliás, pode acontecer com relação aos parceiros de marketing.

Pela demora na definição sobre a televisão, a entidade não consegue negociar com nenhum possível parceiro. As restrições da IFH, por sua vez, podem fazer a CBHb comprar espaços dentro dos ginásios para alocar seus eventuais patrocinadores.

Justiça anula ato contra atletas do futsal

Fonte: Blog do Cruz

A Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS) foi derrotada em suas pretensões de tirar de quadra os jogadores que reclamavam direitos na justiça trabalhista.

Decisão da juíza do Trabalho, Naiana Carapeba Nery de Oliveira, do Ministério Público do Trabalho, em Brasília, anulou ato da CBFS que cancelava a inscrição dos atletas que fossem parte em ações judiciais contra seus empregadores.

Na resolução (nº 6/2009) que assinou, o presidente da CBFS, Aécio Vasconcelos, argumentou que a confederação não registra contrato de trabalho profissional, pois promove apenas competições oficiais e não profissionais de futsal.

Na prática, os clubes que participam dos principais eventos da CBFS substituem o registro de trabalho na carteira profissional dos atletas por pagamentos de uso do “direito de imagem”.

“É exatamente para não deixar impune uma situação como essa, em que a CBFS pensa tudo poder, ignorando princípios e direitos constituicionais fundamentais, impõe-se sua condenação em indenização por danos morais coletivos”, sentenciou a procuradora do trabalho, Ana Cristina Ribeiro, ao instruir a ação civil pública (nº 893/2009).

A juiza do trabalho, Naiana de Oliveira, por sua vez, considerou que a resolução da CBFS “viola o direito de ação e o exercício da prática profissional de futsal”. E assegurou a todos os atletas condições de jogo em qualquer competição. No mesmo ato, a juíza tornou sem efeito todos os cancelamentos de inscrições ocorridos, fixando a pena de R$ 10 mil por violação que vier a ocorrer.

É interessante a forma ditatorial com que os cartolas agem contra jogadores profissionais. Pagam salários disfarçados de “direito de imagem”, burlam a lei não assinando a carteira profissional, transgridem leis maiores, como a Constituição Federal e se escondem por trás de um amadorismo disfarçado.

O pior que a CBFS é financiada com verbas públicas, pois tem um rico patrocínio do Banco do Brasil e dos Correios.