Prorrogação do prazo para envio de projetos

20/10/2009

O Ministério do Esporte prorrogou o prazo para envio dos projetos da “Lei de Incentivo ao Esporte” até o dia 30/10/09.

Publicação no DOU


Publicações no DOU

10/09/2009

Seguem as publicações de projetos no Diário Oficial da União da última semana.

DOU 04-09-2009

DOU 10-09-2009


Do Blog do Cruz – “O dinheiro do esporte”

28/08/2009

O dinheiro do esporte

Fonte: Blog do Cruz

Para que não ficar apenas nas citações, vamos aos números.

Além do orçamento do Ministério do Esporte, da Lei de Incentivo e dos repasses as loterias federais para os comitês Olímpico e Paraolímpico, há as parcerias das estatais, que patrocinam 16 modalidades.

Na medida em que recebermos as informações solicitadas, vamos colocando os valores no blog.

Caixa Econômica Federal

Em 2009, a Caixa investirá R$ 47 milhões em projetos esportivos, incluídos os do Comitê Paraolímpico Brasileiro e Circuito de Corridas de Rua (valores não revelados).

Investimentos na Confederação de Atletismo (em R$)

2009 13.500.000,00

Correios

Apoia a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos desde 1991. Diante dos resultados de visibilidade da imagem, a empresa adotou mais duas modalidades em 2008, o futsal e o tênis.

Os valores das parcerias para este ano são os seguintes:

Confederação de Desportos Aquáticos         R$ 10.000.000,00

Confederação de Futebol de Salão               R$   8.000.000,00

Confederação de Tênis                                R$   3.840.000,00

Infraero

Patrocina o esporte desde 2007.

Investimentos em 2009

Confederação Brasileira de Judô                  R$ 1.500.000,00

Projeto “Avança judô”                                 R$    250.000,00

Banco do Brasil

Começou a apoiar o esporte em 1987, com a Seleção Brasileira de Basquete. Em 1991 migrou para o vôlei.

O BB têm por política não divulgar os valores individuais de seus investimentos.

Para 2009 anuncia que aplicará o total de R$ 60 milhões nas seleções e vôlei, circuito de vôlei de praia, futsal e iatismo.

Nessa última modalidade, o BB decidiu patrocinar, desde 2005, a dupla Robert Scheidt e Bruno Prada, oito vezes campeões mundiais de vela, classe laser..

Além disso, mantém o projeto “Embaixadores do Esporte”, que trabalha com ex-campeões do vôlei – Maurício, Carlão, Marcelo Negrão e Paulão –, divulgando a modalidade. Recentemente, o ex-tenista Gustavo Kuerten entrou no seleto grupo dos embaixadores.

Novos números

Em próximas edições informarei sobre os valores aplicados pela Petrobras e Eletrobrás, as duas últimas estatais que ainda não repassaram os valores oficiais.

Da mesma forma, comentarei sobre a execução financeira do Ministério do Esporte, Bolsa Atleta, Lei de Incentivo ao Esporte e repasses de verba pública, via loterias federais, para a Confederação Brasileira de Clubes e comitês Olímpico e Paraolímpico.


Newsletter 24/08/09

24/08/2009

O dinheiro das loterias

Fonte: Blog do Cruz

O Comitê Olímpico Brasileiro aplica o critério da “meritocracia” para distribuir os recursos que recebe das loterias federais (Lei n. 10.264/2001) entre as confederações esportivas.

A lei em questão determina que 2% das arrecadações das loterias federais sejam destinados aos esportes olímpicos e paraolímpicos. No ano passado, o COB recebeu R$ 93 milhões. Este ano a expectativa é que os repasses cheguem a R$ 110 milhões.

É importante dizer que 5% do que recebe, o COB aplica nas Olimpíadas Universitárias, e 10% nos Jogos Escolares, conforme determina a lei.

Confira quanto cada modalidade receberá este ano das loterias federais, cujas despesas realizadas são auditadas pelo Tribunal de Contas da União.

Modalidades com campeões olímpicos ou conquista de mais de uma medalha em Jogos Olímpicos:

R$ 2,5 milhões

Atletismo

Desportos Aquáticos

Judô

Vela

Voleibol

Modalidades com campeões pan-americanos e/ou histórico olímpico

R$ 2,3 milhões

Ginástica e Handebol

Hipismo

Basquete

Modalidades em desenvolvimento com resultado sul-americano, pan-americano e mundial

R$ 1,6 milhão

Canoagem

Ciclismo

Remo

Tênis de mesa

R$ 1,4 milhão

Boxe

R$ 1,3 milhão

Tênis

Tiro esportivo

R$ 1,2 milhão

Triatlo

R$ 1 milhão

Taekwondo

Modalidades em desenvolvimento com resultado sul-americano

R$ 900 mil

Esgrima

Lutas

R$ 800 mil

Badminton

Hóquei sobre grama

Levantamento de peso

Pentatlo Moderno

Tiro com arco

R$ 800 mil

Desportos no Gelo

R$ 600 mil

Desportos na Neve


Diário Oficial da União – 20/08/2009

20/08/2009

Projetos publicados no Diário Oficical da União no dia 20/08

DOU 20-08-2009


Diário Oficial da União

17/08/2009

Projetos publicados no DOU de 17/08/09

DOU 17-08-2009


Publicações no DOU

10/08/2009

Seguem os projetos publicados no DOU do dia 07/08 e 10/08.

DOU 07-08-2009

DOU 10-08-2009


Projetos Publicados no DOU

06/08/2009

Seguem os projetos publicados no Diário Oficial nas últimas duas semanas.

DOU 24-07-2009

DOU 30-07-2009


Depois não sabemos porque faz décadas que não ganhamos uma medalha nas Olimpíadas!

22/07/2009

Com passaporte “completo”, técnico da seleção não vai ao Pan de boxe

Fonte UOL

Todos os dias, o técnico cubano João Carlos Soares leva cerca de 20 garotos para um ginásio da cidade de Santo André e realiza dois treinos. É a seleção brasileira de boxe, que segue lutando para alcançar um nível de qualidade que a eleve ao nível das potências mundiais da modalidade. Apesar de estar no dia a dia de cada atleta, o treinador terá de acompanhar o Pan-Americano de boxe amador, torneio preparatório do Mundial, pela internet e o telefone.

O problema de João Carlos é que ele não conseguiu acertar os detalhes de seu passaporte para poder embarcar para a Cidade do México e acompanhar a delegação na competição, realizada na capital do país. “O meu passaporte já está todo cheio. Tem validade até 2011, mas, sabe como é a gente viaja muito”, brincou o africano de Guiné-Bissau, mas criado no boxe cubano.

Sem espaço para carimbar mais uma vez o documento, João Carlos não conseguiu um novo passaporte a tempo e terá de acompanhar de sua casa os resultados de sua equipe, na competição com início nesta quarta-feira.

Situação parecida aconteceu no último ano, quando a seleção foi para Trinidad e Tobago. A burocracia para o visto do treinador fez com que ele tivesse de ficar no Brasil e mandasse assistentes para comandar os lutadores no corner naquela ocasião.

Para o treinador é outra burocracia, no entanto, que tem dificultado seu trabalho no Brasil. Nascido em Guiné-Bissau, ele tem passaporte de seu país, mas tenta há dois anos e meio sua naturalização pelos devidos meios legais. João Carlos chegou em 1995 ao Brasil para treinar a seleção nacional e, no país, tem até um filho de 12 anos.

Apesar de ter direito, a cidadania ainda não veio. “Seria muito mais fácil para eu poder viajar com o passaporte brasileiro que eu poderia tirar. Como estou agora, sempre tenho de estar em contato com o meu consulado, o que dificulta”, explicou o auto-definido “afro-cubano-brasileiro”.

Enquanto “descansa” no Brasil, João Carlos Soares enviou outros dois técnicos para fazerem o trabalho na cidade do México. Antonio Reis, seu costumeiro auxiliar, estará ao lado de Gabriel de Oliveira, o Pitu, filho do único medalhista olímpico brasileiro, Servílio de Oliveira. Gabriel chegou a ser técnico de Valdemir Pereira, o Sertão, quando o baiano foi campeão mundial, em 2006.

O técnico original da equipe mostra um misto de preocupação e otimismo quanto ao fato de não poder gritar para seus pupilos ao lado do corner. “Fica muito difícil ir com outro técnico, são critérios diferentes, ensinamentos diferentes”. Mas o boxe é um esporte individual e acredito que eles estão bem treinados. Quem decide lá em cima é o atleta”, analisou ele.

Para este Pan-Americano de boxe, o Brasil terá sete competidores disputando o ouro na Cidade do México: Paulo Carvalho (- 48 kg), Robson Conceição (- 57 kg), Everton Lopes (- 60 kg), Myke Carvalho (- 64 kg), Esquiva Falcão (- 69 kg), Yamaguchi Falcão (- 75 kg) e Gidelson Oliveira (+ 91 kg).


Newsletter do dia 15/07/09

15/07/2009

Destaque para a Entrevista com Silvio Vaz, presidente da Fundação Vale, que foi publicada no site da Máquina do Esporte

São Paulo solicita orçamento para receber a MotoGP

Fonte: UOL

Da Redação

O Brasil pode estar próximo de voltar a receber uma etapa do Mundial de Motovelocidade (MotoGP, 250cc e 125cc). A prefeitura de São Paulo trabalha para ter, no autódromo internacional de Interlagos, as provas da categoria em 2010.

De acordo com a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, uma carta foi enviada a Carmelo Ezpeleta – presidente da Dorna (empresa que detém os direitos da Motovelocidade) – solicitando as condições e o orçamento para a realização da etapa.

A idéia da prefeitura paulistana é receber a série no primeiro semestre do ano que vem. O calendário oficial da categoria deve ser divulgado entre outubro e novembro desse ano.

Brasil – O Mundial de Motovelocidade não é novidade em São Paulo e, muito menos, no Brasil. A pista de Interlagos recebeu a categoria em 1992. A cidade de Goiânia (GO) foi a primeira no país a acolher as motos em 1987. A série correu por lá até 1989.

O Rio de Janeiro (f) recebeu nove provas entre 1995 e 2004. Todavia, desentendimentos entre a prefeitura da cidade maravilhosa e a organização da Motovelocidade levaram a não renovação do acordo.

Na última prova em solo brasileiro, na MotoGP, a vitória foi do piloto Makoto Tamada (Honda). Kenny Roberts Jr, de Suzuki, fez a pole-position. Valentino Rossi, já na Yamaha, abandonou.

Dos pilotos daquela época que ainda estão em atividade hoje: Nicky Hayden (Honda) foi o 3º, Loris Capirossi (Ducati) o 4º, Colin Edwards (Honda) o 6º e Marco Melandri (Yamaha) chegou em 13º lugar.

Máquina do Esporte lança academia em SP

Fonte: Máquina do Esporte

A Máquina do Esporte e a Score Sport Business apresentam, no próximo sábado, dia 18 de julho, a criação da “Academia Máquina do Esporte”, primeiro programa para atualização de conceitos sobre a indústria do esporte no Brasil.

O lançamento acontecerá entre 14h e 17h do sábado. Será feita uma apresentação sobre o projeto de cursos da “Academia Máquina do Esporte” e também haverá uma aula sobre a História do Marketing Esportivo no Brasil e no mundo, ministrada por Georgios Hatzidakis, diretor de esportes da Uniban, sócio da agência de eventos Olimpia Sports, presidente da Associação Brasileira de Desporto Educacional (Abrade) e um dos maiores estudiosos sobre o tema no país.

Para Erich Beting, sócio-diretor da Máquina do Esporte, a Academia marca a entrada do principal veículo sobre marketing esportivo do país numa nova fase, que é a contribuição para a atualização constante dos profissionais envolvidos no esporte.

“Geralmente todos os cursos e eventos voltados para a área atingem o profissional que já está inserido no mercado ou o estudante que quer entrar nele. Queremos ir além, e oferecer uma atualização de conceitos, tendo como palestrantes quem está no mercado, trazendo a visão de quem faz o dia-a-dia do esporte”, diz.

“A Academia traz a possibilidade de acesso direto aos principais players da indústria do esporte e, também, amplia as oportunidades de network e de inserção ou recolocação no mercado de trabalho”, complementa Rafael Plastina, sócio-diretor da Score, parceira na organização do evento.

O evento de lançamento da Academia será realizado em São Paulo, na sede da Máquina do Esporte. O endereço é Rua Doutor Bacelar, 231 – sala de eventos. O custo da palestra inaugural é de R$ 50, com direito a coffee break. Interessados podem mandar um email para academia@maquinadoesporte.com.br.

Entrevista: Sílvio Vaz

Fonte: Máquina do Esporte

Uma das maiores empresas do Brasil vai investir no esporte. A notícia ganha ainda mais força quando o aporte previsto gira em torno de R$ 300 milhões até 2015 (pouco mais de R$ 46 mi por ano) e a marca em questão é a Vale. Com um dos maiores projetos da história da área, a mineradora pode ser protagonista da primeira grande parceria público-privada a tirar o conceito criador da Lei do Incentivo ao Esporte da teoria, cumprindo um real papel de inclusão social.

A ideia básica é estimular a atividades em seis estados brasileiros. Serão 15 núcleos com três vertentes básicas: esporte, cultura e profissionalização. O foco esportivo é a Olimpíada de 2016, que pode ser realizada no Rio de Janeiro. Crianças de Minas Gerais, Maranhão, Espírito Santo, Pará, Sergipe e Rio de Janeiro poderão aproveitar os serviços disponibilizados pela Vale.

“Vamos sempre escolher os interessados pela meritocracia, mas cada um focado em um lado. Agora, nós podemos ter um menino fazendo esporte, mas que quer um curso profissionalizante, e ele poderá fazer isso”, disse Sílvio Vaz, presidente da Fundação Vale, responsável pelo programa “Brasil Vale Ouro”, em entrevista exclusiva à Máquina do Esporte.

Apesar de não ser totalmente calcado no benefício federal, o projeto deve passar pelo Incentivo ao Esporte. Esta deve ser a primeira grande exceção à lei, que, desde sua criação, tem beneficiado projetos de grandes entidades esportivas, que naturalmente teriam mais facilidade para captação de recursos.

O “Brasil Vale Ouro”, no entanto, deve sair do âmbito esportivo. O lado profissionalizante do plano deve levar em consideração a necessidade de cada uma das cidades atendidas, e pode servir de alternativa para a comunidade. O resultado é o enorme valor agregado à empresa de todos os lados.

“Eu acho que o principal é o orgulho de ser Vale. Você não imagina o que cada funcionário sente fazendo o bem para a comunidade. Às vezes as pessoas acham que uma mineradora só tira as coisas, mas ela está dando um monte de coisas em troca”, disse Vaz.

Leia a íntegra a entrevista a seguir:

Máquina do Esporte: Como foi feita a escolha da natação, do judô e do atletismo?
Sílvio Vaz:
A escolha foi feita pelo fato de serem esportes individuais. Fomos conversar com o secretário de alto rendimento e os presidentes das confederações. Essas são as três modalidades que mais nos trouxeram medalhas.

ME: E como vai funcionar essa integração entre os núcleos?
SV:
Na verdade, a gente tem toda a organização para os três esportes individuais. São cem atletas, com 30 de altíssimo rendimento em cada modalidade. São pessoas que alcançaram o índice internacional, e cerca de dez técnicos para o acompanhamento.

ME: O que cada núcleo vai oferecer?
SV:
Estamos programando 15 núcleos. Esses núcleos trabalham os lados físico, emocional e intelectual. Trabalharemos os esportes, assim como a dança, o teatro e a música. O teatro que estamos construindo em Tucumã [sudeste do Pará], por exemplo, é uma sala de cinema para a comunidade, com filme para o pessoal em todos os sábados. Na parte profissionalizante, vamos fazer projetos dentro da realidade de cada núcleo. Pode ter hotelaria, enfermagem e construção civil, entre outros. E na área rural vamos ter um atendimento mais específico. Mais do que a profissionalização, a escola vai ser o centro de gestão do desenvolvimento econômico local. Vamos ter ligação com os pais desses alunos, com um centro de recepção das mercadorias que eles produzem. E vamos ajudar no processamento e na distribuição dessa produção. Esse é o modelo da estação de conhecimento de rural.

ME: Como funciona esse curso profissionalizante?
SV:
Em grande parte das regiões em que estamos presentes, vemos o ensino fundamental com muita gente. Já o médio leva só 30% das crianças. Elas somem da escola porque precisam trabalhar e ganhar dinheiro. Então precisamos de cursos que gerem valor, para que eles saiam com 18 anos e uma profissão que dê renda. Senão, ele não quer estudar porque entende que vai perder tempo. Além disso, nós temos de sistematizar o conhecimento para treinar os meninos como técnicos de tudo isso, para que eles saiam de lá entendendo sobre o assunto.

ME: Quem está apto a participar de tudo isso?
SV:
É pela meritocracia, mas sempre com tudo gratuito. São sempre os melhores, tanto no esporte quanto na cultura. Queremos fazer um processo de seleção com todas as escolas de todos os lugares. Nós ainda tivemos o apoio de uma equipe de doutorandos da USP, que formam uma equipe de detecção de talentos. Eles vão fazer testes de aptidão, físico, motivacional, psicológico e até de DNA. Isso já foi feito para 30 atletas, e vamos acompanhar isso durante todo o tempo para ver quais os fatores que mais interferiram na transformação em atletas de alto nível.

ME: Mas os alunos serão divididos de acordo com o interesse?
SV:
Sim. No esporte, por exemplo, o foco é a parte esportiva. Você tem a parte de motivação, psicológica e uma série de dados que serão usados para a seleção, mas o principal é saber quem ganhou a corrida, ou a luta. Cada um vai estar focado em um lado, mas nós podemos ter um menino que está fazendo esporte e quer ser um técnico esportivo. Ou ele pode também fazer esporte e querer fazer um curso de pedreiro. Tudo isso vai ser possível.

ME: O que a Vale ganha com tudo isso, além dos profissionais que ela já forma e pode empregar?
SV:
Nem diria que esse lado de contratação é tão relevante. Nós já temos um centro de treinamento muito focado nisso, sabendo exatamente o funcionário que precisa. Essa é uma parte muito mais social, que não tem muito a ver com os negócios da Vale. Eu acho que o principal é o orgulho de ser Vale. Você não imagina o que cada funcionário sente fazendo o bem para a comunidade. Isso faz bem para ele. Ele se sente mais orgulhoso do que faz. Às vezes as pessoas acham que uma mineradora só tira as coisas, mas ela está dando um monte de coisas em troca. Além disso, ela entra no âmbito do desenvolvimento econômico e humano, e ainda melhora a visão e a aceitação da comunidade. Todo mundo gosta de fazer o bem. Você tendo a possibilidade de fazer isso, aumenta o orgulho de ser brasileiro. O esporte mostra determinação, comprometimento e vontade. São valores importantes para a vida. Acho que todo mundo ganha. Se a Vale quer, a sociedade quer, a Prefeitura quer, porque não fazermos? Nós queremos contribuir com ações estruturantes na nossa comunidade.

ME: No projeto, vocês vão usar o Círculo Militar de Deodoro como centro de excelência. Como é reativar um dos principais aparelhos esportivos do Pan de 2007, que estava sendo sub-utilizado desde então?
SV:
Eu acho que o equipamento físico é físico. Não tem nada que mude isso. Quando você tem material humano é que você consegue alterar alguma coisa. O que foi construído ali estava quase parado. A única coisa que tem lá é a piscina, que ainda assim precisa de melhoras. Estamos fazendo os dojo [para uso do judô] e toda a parte de alojamento, pistas de atletismo. É um investimento da ordem de R$ 10 milhões. Mas o principal não é o físico. O mais difícil é o treinamento dos atletas olímpicos. Não estamos querendo pôr a máscara em um atleta feito. Não quero trazer um craque e estampar Vale. Queremos construir um trabalho com um garoto de seis anos de idade, que se torna vencedor na vida e pode até ser um atleta olímpico. Até porque a gente sabe que vão sair muito poucos até lá. Até 2015 serão 30 mil crianças atendidas.

ME: O investimento total de cerca de R$ 300 milhões coloca a Vale como uma das maiores investidoras da história do esporte. Como vai ser lidar com esse título e esse peso?
SV:
O bacana é que não é um peso inteiro nas costas. No caminho, você encontra um monte de gente que quer participar com você. No evento da última terça, quando lançamos o projeto, por exemplo, quatro empresas falaram diretamente para mim que queriam ser nossas parceiras. E cada uma dessas empresas vai poder entrar pela Lei de Incentivo. Nós temos a capacidade de captar esses recursos, e você acaba não carregando sozinho. É impressionante como os parceiros começam a surgir. Desde o começo eu falo que Cuba tem dez milhões de habitantes. Nós temos 190 milhões e mesmo assim estamos muito atrás, mesmo tendo uma economia muito maior. Não é possível que aconteça isso. Se a gente puder fazer um pouquinho, já vamos conseguir mostrar o Brasil para o mundo em termos de organização e envolvimento. Quando você ganha uma medalha olímpica, é uma mostra para o mundo da sua atuação social. Isso é muito importante e é possível de ser feito.